Uso de estirpes de Leptospira sp. do estado do Rio de Janeiro como antígenos para o diagnóstico sorológico da leptospirose bovina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Pinto, Priscila da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Fluminense
Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
MAT
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/6238
Resumo: A leptospirose é uma zoonose causada por espiroquetas do gênero Leptospira, que ocorre em todo o mundo, principalmente nos países tropicais. Na pecuária, o agente é responsável por problemas reprodutivos como infertilidade e aborto, e o sorogrupo Sejroe, particularmente o sorovar Hardjo, prevalece em bovinos em várias regiões. A leptospirose em bovinos é de difícil diagnóstico clínico, devido à inespecificidade da sintomatologia, visto que os sinais clínicos são facilmente confundidos com outras doenças infecciosas abortivas. O teste de soroaglutinação microscópica (“Microscopic agglutination test”, MAT) é o método recomendado para o diagnóstico da leptospirose. Estudos sugerem que a inclusão de estirpes locais poderia detectar um número maior de animais sororreativos. Nesse contexto, o objetivo do presente estudo foi avaliar se o uso de estirpes locais como antígenos aumentaria a sensibilidade do teste de soroaglutinação microscópica para leptospirose bovina. Amostras de sangue e urina foram coletadas de 314 bovinos selecionados aleatoriamente de vários rebanhos em um matadouro no Rio de Janeiro, Brasil. O diagnóstico sorológico foi feito utilizando uma coleção de 21 estirpes de referência (MAT21). Além disso, 12 estirpes locais (MAT33) foram incluídas como antígenos. A PCR foi realizada apenas com as amostras de urina e 71 das 222 amostras (31,9%) foram detectadas como positivas. Na MAT21 foram identificados como sororreativos 173 (55,1%) animais dos 314 estudados, com predominância do sorogrupo Sejroe (38,1%). Já na MAT33, 204 (65,0%) animais foram sororreativos com um aumento significativo da sororreatividade (9,9%). Em conclusão, a MAT apresentou um aumento significativo da sensibilidade quando estirpes locais foram usadas como antígenos. Entre as estirpes locais, as mais antigênicas foram a 2013_U152 (KP263062) (sorogrupo Shermani) e 2013_U280 (KP263069) (sorogrupo Grippotyphosa).