Avaliação muscular por meio da ultrassonografia e função cardiorrespiratória em pacientes pós COVID-19

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Carvalho, Marcus Vinicius Sobral de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/244504
Resumo: Introdução: A COVID-19 é causada pelo coronavírus SARS-CoV-2 e pode ser transmitida por gotículas e contato próximo. A doença afeta principalmente o sistema respiratório e pode levar à fraqueza muscular persistente após a alta hospitalar. Embora a maioria dos pacientes se recuperem, sintomas persistentes levam à Síndrome Pós-COVID-19, cujo tempo de recuperação é desconhecido. Objetivos: Avaliar os efeitos da gravidade da COVID-19 no sistema cardiorrespiratório e muscular e correlacionar com o tempo pós- infecção e o tempo após internação. Métodos: Participaram 37 pacientes com diagnóstico prévio de COVID-19 após período de transmissão, divididos em 2 grupos de acordo com histórico de internação (GI- Grupo Internação e GSI - Grupo sem Internação). Foram submetidos a avaliação da força muscular respiratória pela manovacuometria, força muscular periférica (Handgrip), avaliação dos volumes e capacidades pela espirometria, ultrassonografia para avaliação da espessura e excursão do diafragma e espessura do quadríceps e teste ergométrico (TE) para avaliação da capacidade funcional cardiorrespiratória. Resultados: Os resultados mostram diferença significativa na Pimáx (%), maior no grupo SI, mas sem diferença para a Pimáx real e Pemáx (real e %). Não houve diferença significativa para o handgrip e nenhum dos valores espirométricos. No TE, foi encontrado maiores valores para a FC obtida e FC prevista, além da percepção de esforço em membros inferiores e cansaço respiratório no primeiro estágio do TE. Na ultrassonografia foi encontrado diferença significativa para a excursão diafragmática na respiração tranquila (maior valor no grupo I) e na espessura do quadríceps (maior valor no grupo SI). Na análise de correlação com o tempo de internação, foi encontrado p=0,03 para a variável CVF %. Conclusão: Pacientes hospitalizados apresentaram menor força muscular inspiratória, maior cansaço em membros inferiores e respiratório, além de menor espessura do quadríceps. O tempo de internação mostrou interferir na CVF mesmo não estando diminuída.