Estudo de eventos extremos de precipitação deflagradores de deslizamentos na cidade de Belo Horizonte-MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Pedro, Daniele Fernanda Pazini [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/257192
https://lattes.cnpq.br/1457603825304479
Resumo: Estudos de limiares pluviométricos que possam desencadear deslizamentos são essenciais, principalmente no contexto do monitoramento e alerta de desastres. Assim, o presente estudo utilizou séries temporais de precipitação de cinco estações meteorológicas localizadas na cidade de Belo Horizonte (Buritis, Horto, 83587, Cercadinho e Pampulha) para avaliar os limiares de precipitação relacionados aos eventos de deslizamentos. A partir dessas séries temporais de precipitação foram calculados índices climáticos extremos (acumulados em 24h e 120h) e diferentes percentis (P50, P75, P90, P95 e P99) considerando dados dos anos de 1961 até 2022. Para as análises estatísticas, este trabalho avaliou os limiares para os percentis de chuva acumulada em 24h e 120h, no entanto, alguns casos ultrapassar estes percentis, não correspondeu a um aumento no número de ocorrências. Nestes casos, os acumulados de chuva pretéritos (dias ou semanas), especialmente nos meses de dezembro e janeiro, contribuíram para o elevado número de ocorrências. Assim, se um ou dois meses da estação chuvosa da região, registrarem chuvas acima da média, não é necessário que os acumulados de 24h e 120h sejam tão elevados. Então mesmo com chuva fraca (Percentil 50) ou ausência de chuva, novos deslizamentos podem acontecer devido a umidade e resistência do solo, não na mesma magnitude ou quantidade, mas ainda requer muita atenção. Esses resultados sugerem que a compreensão dos padrões de precipitação ao longo do tempo é essencial para uma avaliação abrangente dos riscos de deslizamentos de terra. Mesmo em períodos de chuva fraca ou ausência de precipitação, a umidade do solo e sua resistência podem ser influenciadas pelos acumulados de chuva anteriores, contribuindo para a ocorrência de deslizamentos, embora em uma escala menor ou com menor frequência. Portanto, conclui-se que a prevenção e a gestão de deslizamentos devem considerar não apenas os limiares de precipitação, mas também os padrões de chuva históricos e a condições do local ao longo do tempo. A implementação de medidas preventivas e de monitoramento contínuo é essencial para mitigar os riscos associados aos deslizamentos, garantindo a segurança das comunidades vulneráveis a esses eventos.