Influência da ingestão hídrica no comportamento autonômico de coronariopatas submetidos a uma sessão de reabilitação cardiovascular: ensaio clínico crossover

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Anne Kastelianne França da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/191253
Resumo: INTRODUÇÃO: A reposição das perdas hídricas decorrentes da atividade física é recomendada em consensos internacionais para indivíduos sadios e atletas de alto rendimento. Entretanto, permanece pouco compreendida a sua influência quando administrada, igualmente, durante e/ou após o exercício, sobre a modulação autonômica cardíaca, frequência cardíaca de recuperação (FCR) e percepções subjetivas de esforço (PSE), desconforto (PSD) e recuperação (PSR) de indivíduos com alteração autonômica conhecida, como os coronariopatas. OBJETIVO: Investigar a influência da ingestão hídrica realizada durante e/ou após uma sessão de reabilitação cardiovascular (RC) de intensidade moderada sobre a modulação autonômica cardíaca, FCR, PSE, PSD e PSR de coronariopatas. MÉTODOS: Foram recrutados 31 adultos acima de 45 anos de idade com coronariopatia isquêmica, participantes de programas de RC, os quais foram submetidos a dois desenhos de estudos, ambos compostos por três etapas (48 horas de intervalo entre elas): I) Teste de esforço máximo; II) Protocolo controle (PC); III) Protocolo experimental (PH). Os PC e PH de ambos os estudos foram compostos por atividades realizadas em RC convencional, com ingestão de água no PH, calculada a partir da variação de massa corporal no PC. A modulação autonômica foi avaliada utilizando índices de variabilidade da frequência cardíaca calculados nos domínios do tempo, frequência e geométricos durante o repouso, exercício e recuperação. Foram avaliados ainda a FCR, PSE, PSD e PSR. RESULTADOS: Hidratação durante o exercício e recuperação promoveu diferença significante entre os protocolos (RMSSD - p valor = 0,024; SD1 – p valor = 0,022), entre repouso e momentos de recuperação (RMSSD, SDNN; LFms2; HFms2; LFnu; HFnu; SD1, SD2 e SD1/SD2; TINN; todos com p valor = 0,001) e interação entre momentos e protocolo (RMSSD e SD1 - p valor = 0,019). A ingestão de água apenas durante o exercício permitiu aceleração na reentrada vagal nos primeiros 30 segundos de recuperação no PH, enquanto que no PC ocorreu após o 1º minuto. Observamos também uma melhor recuperação da FC no 1º minuto no período de recuperação no PH assim como redução significativa da PSE, em comparação ao PC. Durante o exercício a ingestão de água não influenciou as respostas autonômicas em relação ao repouso, além do fisiológico. CONCLUSÃO: Em coronariopatas, pequenas perdas de líquidos durante o exercício e recuperação são capazes de influenciar a modulação autonômica e a ingestão de água permite uma recuperação antecipada da modulação parassimpática e da variabilidade global. Além disso, a ingestão de água apenas durante o exercício permite acelerar a reentrada vagal e influencia positivamente a FCR e a PSR, no período imediato de recuperação.