Efeitos da rapamicina sobre células de tumores de mama canino primário e metastático cultivadas in vitro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Lainetti, Patrícia de Faria [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/183288
Resumo: As neoplasias estão se tornando cada vez mais comuns entre os animas domésticos, seja devido a maior expectativa de vida ou pelo avanço dos métodos diagnósticos e tratamentos. As neoplasias mamárias são o tipo mais comum de neoplasias entre as fêmeas caninas. A procura por novos tratamentos e/ou tratamentos específicos para os animais é cada vez mais comum frente à esse quadro. A rapamicina é um fármaco antifúngico com atividade antitumoral, que atua inibindo o complexo mTOR, já testada para o tratamento de neoplasias em diferentes órgãos em humanos, podendo ser uma alternativa no tratamento de neoplasias em cães. Devido ao grande número de repetições que os ensaios com fármacos necessitam, o cultivo celular in vitro é uma alternativa inicial para a descoberta de novos medicamentos eficazes no tratamento dessa espécie, além de também se tornar um ensaio pré-clínico. O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito da rapamicina em células de tumores mamários primários e suas respectivas metástases de cadelas, cultivadas in vitro. Foram utilizados dois tipos histológicos tumores de mama, provenientes do tumor primário e suas respectivas metástases. Após a colheita, as amostras foram classificadas por histopatologia como carcinoma sólido grau III e carcinoma adenoescamoso, como tumores triplo negativos não basal pela imuno-histoquímica e tanto os tumores primários como suas metástases apresentaram expressão positiva para as proteínas PTEN, AKT, mTOR e 4EBP1 na imunofluorescência. Parte do tecido tumoral foi cultivado in vitro e as células foram avaliadas quanto a morfologia e fenótipo celular, expressão gênica (qPCR) e viabilidade celular (MTT). Os genes validados pela qPCR foram AKT, mTOR e PTEN, relacionados com a via AKT-mTOR. A expressão do gene PTEN estava diminuída e do mTOR aumentada nas células de tumores primários, quando comparadas as suas metastases. O tratamento com rapamicina e ensaio MTT foram viii realizados nas concentrações de 2, 5, 10 e 12 μM, por 24, 48 e 72 h. O ensaio de MTT mostrou que para uma diminuição de 50% da viabilidade celular, a concentração de rapamicina deve ser 2 μM para o carcinoma adenoescamoso e 10 μM para metástase. Para o carcinoma sólido grau III e sua respectiva metástase, a concentração utilizada foi de 12 μM. A rapamicina teve um resultado satisfatório na inibição do crescimento dos dois tipos celulares utilizados nesse estudo.