Carcinoma mamário em cadelas: achados clínicos, laboratoriais e metastáticos.
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E SAÚDE ANIMAL UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25570 |
Resumo: | Muitos tumores em cães, incluindo tumores mamários, podem causar alterações que podem levar a alterações sistêmicas, podendo está relacionadas as altas taxas de mortalidade. As síndromes paraneoplásicas são classificadas de acordo com os sistemas envolvidos, por exemplo. sistemas hematológico, cutâneo, sistema nervoso central, intestino, músculo, ossos e sistemas endócrinos. O objetivo deste estudo foi descrever as principais alterações hematológicas e bioquímicas em cadelas com tumores mamários. Análises hematológicas e bioquímicas foram realizadas em 24 cães com diagnóstico de carcinoma mamário, antes e após a cirurgia. As principais alterações observadas foram anemia, trombocitopenia, hiperproteinemia, hipoalbuminemia, hiperalbuminemia, baixo nível de uréia e creatinina e elevada fosfatase alcalina. Concluindo, cadelas com tumores mamários freqüentemente apresentaram alterações hematológicas e bioquímicas, afetando principalmente parâmetros indicativos de patologia hepática e renal. O carcinoma mamário adenoescamoso é considerado um tumor raro e pode ser classificado como uma variante de neoplasia mamária metaplásica. Dentre os diagnósticos diferenciais do carcinoma adenoescamoso deve incluir tumores metastáticos e tumores com extensão secundária na pele. Esse padrão invasivo pode ser explicado pela existência do componente escamoso do tumor, que quando presente em outras localizações anatômicas é localmente invasivo. O presente resumo objetivou descrever o quadro clínico, os achados histopatológicos e o tempo de sobrevida desta apresentação atípica de carcinoma em uma cadela da raça Poodle, 11 anos, 4 kg, castrada. A paciente submetida a mastectomia total devido a presença de nódulos nas mamas abdominais caudais e inguinais, direita e esquerda, sugestivos de carcinoma pelo exame citológico. Decorridos 13 meses, paciente retornou com aumento de volume, rigidez e claudicação no membro pélvico esquerdo, com evolução de seis meses. Ao exame clínico, o aumento de volume localizava-se uniforme em toda a região proximal do membro pélvico esquerdo e apresentava consistência firme. Após a realização do estadiamento o animal foi submetido a amputação do membro acometido. Na análise histopatológica, a neoplasia foi classificada como carcinoma mamário adenoescamoso, grau II. Foi realizado painel imuno-histoquímico, que confirmou o diagnóstico. Portanto, mesmo não sendo comum, as metástases ósseas de tumores mamários, como o carcinoma adenoescamoso, podem ser inseridas como diagnósticos diferenciais dentro das neoplasias que atingem estruturas ósseas e que esse tipo de apresentação é agressiva e apresenta grande potencial metastático. |