Literatura sem calcinha - sala de aula sem cuecalcinha

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Barbosa, Isabelle Ruiz Paggioro Sessino Toledo [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/260886
Resumo: A pesquisa foi desenvolvida na Linha I: “Educação, diferença, relações de gênero e étnico-raciais”, no PPGE/FCT/UNESP, Presidente Prudente, SP. “Como e o que significa para a escola tirar a calcinha da literatura?” é a pergunta que suleia essa escrita por uma outra forma de entender e praticar o ensino dentro da sala de aula na perspectiva da dissidência de gênero na/da educação. O objetivo é provocar um como e cutucar o porquê de defender e fazer ensinos de literatura que construam outras formas de construir pensadas contracolonialmente para potencializar discursos e práticas contra-hegemônicas para transformar o ambiente escolar. Para tanto, articulo minhas vivências enquanto corpo dissidente na escola aos cursos que fiz no PROVE, “Compartilhando experiências numa perspectiva freiriana” e “Gêneros, corpos e afetos”. A pesquisa visa uma prática da escrevivência de Conceição Evaristo se entrelaçando à perspectiva do sujeito, metodologia usada por Grada Kilomba e à proposta desgramatical de uma linguagem não-binária para costurar pensamentos e ativismos por uma educação menos violenta. Toda essa discussão é mediada pelo conceito de uma teoria sem calcinha de Marcella Althaus-Reid. É qualitativa de cunho teórico. Durante o levantamento bibliográfico percebe a realidade de violência e exclusão que é imposta e projetada na vida de pessoas queers e, igualmente, os frutos da resistência a isso. Conclui que a escola, a literatura, o currículo são espaços dúbios em constante disputa de verdades e nós, queers, estamos na jornada para reafirmar nosso espaço, sobreviver, curar e florescer. O resultado dela é um projeto para inspirar uma prática de literatura sem cuecalcinha, uma vez que o diálogo é recorrentemente defendido para criar pontes.