A percepção e a produção dos fonemas /æ, ɛ, ɑ, ɔ, ə/ de estudantes brasileiros de inglês como língua estrangeira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Bertho, Mariana Centanin [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/154597
Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo descrever as características acústicas dos fonemas /æ, ɛ, ɑ, ɔ, ə/ na produção em língua inglesa dos estudantes brasileiros de inglês como língua estrangeira (ILE). Esses fonemas, por vezes, sofrem a perda do contraste na produção dos estudantes brasileiros e são produzidos dentro do espaço perceptivo dos fonemas /a/, /ɛ/ e /ɔ/ do português. Os participantes selecionados são alunos de duas escolas de idiomas e passaram por um curso sobre os sons do inglês, parte do experimento desenvolvido para a coleta de dados. O experimento consiste na gravação da leitura oral de um corpus contendo vocábulos com os fonemas selecionados, que ocorre antes e depois da participação no curso, além da resposta a dois questionários, um inicial e um final. Posteriormente, as gravações são analisadas e comparadas entre si e a uma gravação do mesmo corpus feita por um informante americano, por meio do software PRAAT, versão 5.3 (BOERSMA & WEENINK, 2011). Como suporte teórico para essa análise, entendemos que a produção oral dos estudantes encontra-se no momento da Interlíngua (SELINKER, 1972), em que podem ser encontradas as estratégias utilizadas pelos estudantes na produção dos sons da LE. São fundamentais, portanto, para nossa análise, as teorias que se dedicam especificamente à descrição da aquisição/aprendizagem do aspecto fônico de uma LE, começando pelos conceitos de crivo fonológico, de Trubetzkoy (1939), e de surdez fonológica, de Polivanov (1931). Complementando esses conceitos, a análise é guiada pelos processos explicados por modelos, tais como o Modelo de Aprendizagem da Fala (Flege, 1981), o Modelo do Ímã da Língua Materna, de Kuhl & Iverson (1995), e o Modelo de Assimilação Perceptiva, de Best e Tyler (1994). Os resultados demonstram a ocorrência de certos fenômenos na Interlíngua dos estudantes brasileiros: a proximidade acústica do par de fonemas /æ/ e / ɛ/; a proximidade acústica do par de fonemas /ɑ/ e /ɔ/; a produção de /ɑ/ próximo de /a/ pela motivação ortográfica do grafema <a>; a produção de /ɑ/ próximo de /ɔ/ pela motivação ortográfica do grafema <o>; a produção de /ə/ como /a/ pela motivação ortográfica do grafema <a>.