Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Barbosa, Juliana |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-25062021-182219/
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Resumo: |
O presente trabalho investiga a aquisição de fonemas vocálicos do Francês (FR) por falantes nativos de Português Brasileiro (PB). As vogais anteriores arredondadas do FR /y,ø,œ/, que não fazem parte do inventário vocálico do PB, são comumente confundidas com vogais anteriores não arredondadas do PB /i,e,ɛ/ ou com as posteriores arredondas /u,o,ɔ/, sobretudo nos estágios iniciais de aprendizagem do Francês como Língua Estrangeira (FLE). Este estudo busca compreender como as crianças e os adultos, aprendizes e não aprendizes de FR, distinguem diferenças fonéticas e se são capazes de produzir fonemas franceses à luz de um modelo teórico para aquisição de segunda língua: o Modelo de Aprendizagem de Fala (SLM - Speech Learning Model), de Flege (1981, 1991, 1995), que postula que a produção de sons de uma Língua Estrangeira (LE), inexistentes em Língua Materna (LM), é precedida pela percepção e categorização desses fonemas. Nesta pesquisa experimental, observa-se como as variáveis idade e conhecimentos elementares de FR atuam na discriminação e na pronúncia de palavras contendo /y,ø,œ/. Os resultados, obtidos de uma amostra de 40 falantes nativos de PB, apontam para diferenças pouco significativas entre os grupos de informantes no teste de percepção; de modo geral, os aprendizes apresentaram melhor performance na discriminação de vogais distintas por arredondamento ou ponto de articulação, as crianças aprendizes demonstraram melhores habilidades na produção das palavras francesas, com diferenças significativas em relação aos outros grupos de informantes. A vogal anterior média baixa /œ/ foi a que apresentou as menores taxas de acerto em testes de discriminação por arredondamento, nos pares mínimos com a anterior não arredondada /ɛ/; detalhes acústicos se mostraram relevantes no teste de percepção e discriminação de fonemas. Diferenças individuais se mostraram significativas, o que pode se atribuir a fatores como experiência educacional, o uso de LE (entre familiares, no trabalho, hábitos cotidianos), frequência de viagens a um país estrangeiro, além de aspectos sociais e psicológicos (motivações sociais ou profissionais) (conf. Bongaerts, 2005), condições que co-variam com a idade cronológica (Flege, 1987). |