Detecção de Escherichia coli patogênica extraintestinal e análise de seus fatores de virulência e perfil de resistência antimicrobiana em carne moída de açougues do município de Taquaritinga, SP, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Santo, Edilene [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/103897
Resumo: Esta pesquisa foi realizada em 23 açougues da cidade de T aquaritinga, estado de São Paulo, durante um período de 10 meses. Foram isoladas duzentas e oitenta e sete cepas de Escheríchía calí de carne moída, moedor de carne e mãos de manipuladores de carne. Cinco destas cepas foram caracterizadas como E.coli patogênica extra-intestinal (ExPEC). Investigou-se a presença de fímbrias, produção de hemolisina, aerobactina e colicina. Também foi analisada a presença dos genes (pap, afa, sfa) relacionados com a expressão de fímbrias, através da reação em cadeia da polimerase (PCR). Das amostras analisadas 100% apresentavam aerobactina e fímbria do tipo 1, 80% produziam hemolisina, e 60% expressaram colicina e fímbria P. Também foi verificado que 60% das cepas de ExPEC apresentavam o genótipo pap e 40% o genótipo pap-sfa concomitantemente. Quanto ao nível de resistência aos 12 antimicrobianos testados, observou-se que 80% das cepas eram resistentes a múltiplos antimicrobianos (3). Os antimicrobianos mais eficientes foram: ceftriaxona e amoxicilina-ácido clavulânico (0%) de resistência, seguidos de amicacina, amoxicilina, ciprofloxacina e gentamicina com resultado, considerado satisfatório, de 20% de resistência. Em contraste, houve elevada resistência (80%) para tetraciclina e estreptomicina . Conclui-se que retalhos de carne podem ser um importante veículo para disseminação na comunidade de cepas ExPEC. Este trabalho chama a atenção para os retalhos de carne como fonte potencial de cepas de ExPEC, que não são reconhecidas como patógeno de origem alimentar, o que pode representar um motivo de preocupação para as autoridades da vigilância epidemiológica.