O panteísmo e a mística feminina em Gilka Machado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: David, Caroline Buratti
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/251165
https://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K8008729D7&tokenCaptchar=03AFcWeA6YuCXxN2xmwlMrWArYb7cWZTaIsyg3Qvz_2dydpfr5ntWI0M1EVp_UM58kwAjTzNmZ7QwRulwg2Vp2w1Mhu2dMUvz_QI_qNEfsqxbHYF3M9knqLikt9S3TgIIkVi6bmM5djV6XGhKFRf0WUoRcgQb_lWKvZOsmLk_FTP0vDnCEMVrDzDNOCNVbUYoxXlJovcqTTydfD-ZAQkij1gYgGN1xPhAuLtsIU6ZcYIlYAYw6vhVqCFYK4rY5E8GdqWIMQ07NNN5OEexUiyTev4gupzqecFfICH1OO0sI2Zve41aDH4HPGgcJQgPQAVSGkt1kXWTEdGrNkyiS0iYb1NWGK890puQMz39gtt9Bp49o--y5gPbM1QitNNk_CQ10D1xXaZXerCZVjbxstGypzSc2ZK3Fw4voUakCEEG2jhyeFUtyzR2qbwiQnJZpIxTsHQRfObKr34FYO8h__ZFpfyHtbKM4_OqWBxhr3O1wJ_GLrmm_4Fs0hnRU_fzpz8ZIhE38A5tghqDKlgWjHf4g8A2RwHR-qX2263qtllwcscFXrUHqIAl4uWo
https://orcid.org/0000-0002-9291-9940
Resumo: Este trabalho propõe a investigação da poesia de Gilka Machado (1893-1980), a partir da consideração do tema do panteísmo e da construção da mística feminina em sua poesia. Partindo da hipótese de que o panteísmo e a plasmação de uma dimensão cósmica feminina são elementos constantes da obra da poeta e correspondem a aspectos expressivos de sua poesia, a perspectiva da pesquisa se debruça sobre poemas pertencentes a obras distintas cujo percurso de constituição poderia atestar a elaboração de um universo poético integrado a partir de temas, procedimentos e, sobretudo, de uma cosmovisão reincidente. Assim, os poemas selecionados para a leitura são: “Perfume”; “Rosas I” e “Noite - amiga, piedosa enfermeira do doente”, da obra de estreia de Gilka Machado, Cristais Partidos (1915); “Mal assomou à minha ansiosa vista”, “Negra, nesse negror belo e medonho” e “Há lá por fora”, integrantes da antologia Meu glorioso pecado (1928); “Carne e Diabo”, “Angústia” e “Enamoradas”, do livro Sublimação (1938). A lírica de Gilka Machado é marcada pelo anseio pela transposição de limites que delineiam um universo poético no qual a sensibilidade lírica se une com a natureza e com uma dimensão transcendente. As análises apresentam como resultado o desenvolvimento de um espaço aberto à representação da condição feminina sob a orientação de linguagem estética marcada por sugestão e captação do encantamento do real que sintoniza o feminino a imagens configuradoras de um cosmos panteísta. A constituição desse cosmo pode ser observada a partir de imagens reincidentes nos poemas analisados, sobretudo ligados à natureza noturna. Compreende-se tais imagens como forma de investigar a emergência de uma mística particular aos poemas de Gilka Machado, em que a condição da mulher confere forma poética às impressões difusas de uma natureza misteriosa e divinizada.