Vozes transgressoras: a poesia erótica de Florbela Espanca e Gilka Machado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Oliveira, Iasmin Rocha da Luz Araruna de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/6234
Resumo: Em fins do século XIX e início do século XX, as mulheres, tanto em Portugal, quanto no Brasil, não possuíam autonomia sobre seus corpos, sobre sua sexualidade e também sobre a sua escrita. Na vida e na poesia, as mulheres deveriam seguir os preceitos impostos pela moral conservadora, a qual pregava um modelo de feminilidade recatado, gracioso e submisso. Num momento em que há uma forte interdição à expressão da sexualidade feminina, as vozes carregadas de erotismo de Florbela Espanca e Gilka Machado surgem como elementos de transgressão, os quais abriram as portas para que as mulheres conseguissem conquistar cada vez mais autonomia na vida e na literatura. Mesmo sob forte repressão, as autoras conseguiram romper com o padrão de poesia feminina e com o papel passivo da mulher. Diante disso, este trabalho tem como objetivo analisar o erotismo enquanto um elemento de transgressão nos livros Charneca em Flor (1931) de Florbela Espanca e Meu Glorioso Pecado (1928) de Gilka Machado. Além disso, procurarei promover o diálogo entre estas obras, refletindo sobre suas aproximações e seus distanciamentos.