Da infraestrutura física às práticas pedagógicas: desafios da escola frente ao aluno público-alvo da Educação Especial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Santos, Camila Elidia Messias dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181630
Resumo: Estudos evidenciam que mesmo a educação inclusiva sendo garantida por políticas e leis que as regulamentem e apoiem, muitas são as dificuldades encontradas para sua total concretização, seja por falta de recursos, despreparo profissional, práticas pedagógicas não inclusivas, infraestrutura física irregular ou não adaptada. Assim sendo, quanto mais precisa for a avaliação da realidade escolar, melhores condições terão os dispositivos legais para identificar, planejar e desenvolver ações que zelem pelo direito à aprendizagem de todos os alunos, principalmente dos alunos Público Alvo da Educação Especial (PAEE). A presente pesquisa do tipo descritiva, com delineamento metodológico de estudo de campo, teve como objetivo descrever, analisar e avaliar a infraestrutura física e as práticas pedagógicas existentes considerando a escolarização de alunos PAEE nas escolas comuns de um Sistema Municipal de Ensino Fundamental. A fim de atingir tal objetivo, a presente foi dividida em dois estudos, cada um com introdução, método, resultados e discussões específicas. O primeiro estudo buscou verificar as condições da infraestrutura física das escolas de um sistema municipal de ensino fundamental, considerando os alunos PAEE e o segundo estudo teve como objetivo investigar as práticas pedagógicas desenvolvidas em uma classe comum, com aluno PAEE matriculado. De modo geral, os resultaram evidenciaram que segundo observação in loco das 16 escolas municipais, 14 delas foram inadequadas, refutando o ponto de vista dos gestores, para qual sete foram consideradas adequada e sete inadequadas. Contudo, as escolas (E4 e E11) foram classificadas como inadequadas por ambas análises (observação in loco e ponto de vista dos gestores). Verificou - se que as escolas carecem ainda de implementação de piso antiderrapante e tátil, melhor sinalização, eliminação de obstáculos, ampliação das portas, ampliação da infraestrutura escolar, maior disponibilidade de recursos materiais e materiais adaptados, principalmente na sala comum. Ademais, observou-se que as práticas pedagógicas desenvolvidas não favoreciam a aprendizagem de todos, em virtude dos professores não conseguirem atender a heterogeneidade da sala, propondo poucas atividades com o mesmo conteúdo, fazendo uso limitado de métodos de ensino que possibilitavam a aprendizagem de todos, raramente executarem atividades extraclasse ou em grupo e frequentemente disporem de livros didáticos e atividades fotocopiadas durante as aulas. Contudo, o aluno PAEE conseguia participar de todas as atividades desenvolvidas pela escola. Espera-se, portanto, que os resultados da pesquisa sirvam de subsídios para possíveis intervenções práticas visando o atendimento integral e de qualidade aos alunos PAEE.