O sujeito militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra: militância, educação escolar e consciência crítica
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://hdl.handle.net/11449/261736 https://orcid.org/0000-0002-6631-6791 |
Resumo: | Essa dissertação retrata a luta social produzida no interior do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra –MST e sua implicação na produção da consciência crítica do sujeito militante que teve acesso à educação escolar. Analisa os impactos da vivência militante do MST na luta pela terra e reforma agrária, assim como o processo educativo escolar, no sentido de compreender a trajetória de formação humana do sujeito militante e aspectos que compõem a produção da sua consciência numa direção crítica, considerando a relação entre militância no movimento social e a vivência do processo da educação escolar. Partimos de uma compreensão de que os sujeitos militantes e participantes das lutas sociais do MST são produtores de uma consciência resultante da práxis do movimento que organizado coletivamente, que produz consciência crítica-coletiva que reconhece homens e mulheres como sujeitos de sua própria história. Ao mesmo tempo, reconhecemos o papel da educação escolar e a apropriação de conhecimentos científicos na escola na vida do indivíduo militante para identificarmos aspectos relevantes desse processo educativo na construção da sua consciência como sujeito do campo. Sobre esse quadro, apresentamos as questões: Como a práxis da militância social implica na produção de consciência crítica dos sujeitos? Como a prática educativa na educação escolar implica na produção de consciência crítica dos sujeitos? Qual a importância da relação entre a militância e a educação escolar na construção da consciência crítica do sujeito militante? A pesquisa se estrutura por meio de uma metodologia de pesquisa qualitativa e toma princípios do método materialista histórico-dialético para analisar as entrevistas realizadas com quatro sujeitos militantes do MST da região do Pontal do Paranapanema/SP. O referencial teórico da pesquisa enfatiza três teorias de natureza pedagógica (Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire, Pedagogia do Movimento Sem Terra e a Pedagogia histórico-crítica) e ainda tomamos uma teoria de natureza psicológica, a Teoria histórico-cultural como base teórica do trabalho. Torna-se relevante considerar que a práxis produzida no movimento social aliada a apropriação de conhecimentos científicos, históricos, filosóficos e outros conhecimentos humano-genéricos apropriados na escola, engendram condições ideais para que os sujeitos militantes se desenvolvam como críticos e transformadores da realidade, dada a qualidade desse processo de formação que alia prática social revolucionárias e apropriação de conhecimentos humano-genéricos, pois é justamente na unidade teoria-prática que se efetiva o desenvolvimento dos seres humanos de forma multilateral, numa direção consciente, crítica e emancipatória. |