Consciência, ideologia e pobreza: sociabilidade humana e desigualdade social

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Euzébios Filho, Antonio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15790
Resumo: Este trabalho surge de uma prática estabelecida em um contexto marcado pela desigualdade social. A inserção em uma escola pública, situada em Campinas, deu-se por meio do projeto "Risco à Proteção", financiado pelo CNPq. Um dos objetivos do projeto é contribuir para o fortalecimento das redes de apoio social, tendo como foco as crianças acompanhadas na referida instituição escolar. Neste contexto, da atuação profissional nos diferentes espaços (escola, comunidade e coordenadoria de assistência social), identificou-se uma compreensão que culpabiliza o pobre pela situação em que ele se encontra. O objetivo deste trabalho foi compreender como a desigualdade social interfere na maneira das pessoas perceberem a si mesmas e aos outros, de distintos segmentos sociais. Para tanto, foram realizadas entrevistas com duas técnicas da assistência social sobre a forma como percebem a desigualdade social e as famílias assistidas pelos programas governamentais. Por outro lado, foram feitas entrevistas com dois pais de alunos (da referida escola) sobre como compreendem suas condições de vida e a desigualdade social. As entrevistas foram realizadas respeitando os procedimentos éticos de pesquisa, a partir de um roteiro semiestruturado que buscou abordar alguns temas relevantes para esta pesquisa. Uma análise intensiva das entrevistas permitiu extrair categorias de sentidos que buscaram retratar o sentido que os participantes traziam em suas análises. Os participantes relacionaram suas trajetórias profissionais com suas trajetórias de vida. Eles também compreenderam a desigualdade social a partir das diferenças das condições de vida de determinada população (desigualdade de renda, acesso à serviços como Educação e saúde, condição de moradia, etc.). As características individuais foram tomadas como uma das principais causas da desigualdade social, ou seja, a condição de vida da pessoa é compreendida como resultado da presença ou ausência de uma força interna capaz, por si mesma, de modificar a realidade em que se vive. As perspectivas para o futuro limitam-se às perspectivas imediatas de melhoria das condições de vida. Os participantes ficaram limitados à elaboração de perspectivas de mudança social focais e individualizadas.