Diagnóstico das alterações geomorfológicas em área de expansão urbana no setor sul de Araras (SP): subsídio para o planejamento urbano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Bernardelli, Valéria Coghi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/191330
Resumo: A taxa de crescimento urbano no mundo vem aumentando, conforme estudos das Nações Unidas (2015). No Brasil, este fato também se intensificou a partir da década de 1970, com o desenvolvimento das cidades médias. Dessa forma, o objetivo desta pesquisa foi identificar e analisar os níveis de restrição do relevo ao uso urbano, no setor sul da cidade de Araras-SP. Para que o objetivo proposto fosse alcançado, foi necessária a elaboração de alguns produtos cartográficos. A cartografia-geomorfológica-histórico-evolutiva, bem como as cartas de uso da terra dos anos de 1962, 1978, 1988, 1997, 2010 e 2016 permitiram visualizar as mudanças imprimidas pela ação antrópica e avaliar os estágios de evolução no meio urbano, conforme Nir (1983). A carta de fragilidade física foi construída a partir das cartas de declividade e de materiais inconsolidados, fazendo o uso das feições erosivas. Os dados obtidos por meio dos mapeamentos foram analisados sob a perspectiva da Teoria Geral dos Sistemas (TGS), entendendo a área de estudo como um sistema controlado já que apresenta interferência antrópica. Assim, constatou-se que o processo de urbanização, no período de 54 anos, acarretou feições antropogênicas, tais como aterros, cortes, ruptura topográfica antrópica, canal fluvial retificado, canal fluvial canalizado, canal artificial para o escoamento de águas pluviais, saída de drenagem, vertente côncava e convexa antrópica, terraço agrícola, bacia de contenção e limite do reservatório de contenção. As informações das cartas de fragilidade física e de uso da terra subsidiaram os níveis de restrição do relevo ao uso urbano. Os setores que possuem restrições ao uso urbano muito forte, forte e medianamente forte estão próximos às nascentes, vertentes côncavas e/ou uso da terra vegetação -que não estão em APPs, cobertura herbácea, pasto limpo, solo exposto e área sem edificação, situados em áreas de fragilidade física muito forte e forte. Em contrapartida, os setores caracterizados por restrições moderadas localizam-se em usos da terra cana-de-açúcar, cultura anual, área sem edificação e pasto sujo, em fragilidade física moderada. Por fim, os setores que têm restrição fraca e muito fraca encontram-se em usos que apresentam construções (indústria, construção rural e áreas parcialmente edificadas), denotando fragilidade física fraca e muito fraca. Notou-se que o uso urbano é realizado sem considerar as restrições, bem como as características físicas do terreno, explicando os problemas ambientais identificados na área estudada.