Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Guimaraes, Jean Augusto Coelho |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/191560
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Resumo: |
A prática de atividade física (AF) de lazer de pacientes pediátricos oncológicos é baixa, porém recentes evidências confirmam que a AF pode gerar benefícios biopsicossociais durante e após o tratamento de câncer. Porém, diversos fatores podem influenciar nessa prática, como os sociodemográficos e ambientais, além das barreiras e facilitadores, sendo que estes ainda não estão bem estabelecidos na literatura, principalmente em países de média e baixa renda. Por isso, este estudo buscou identificar se os fatores sociodemográficos e ambientais, as barreiras e facilitadores têm associação à prática de AF de lazer de adolescentes durante o tratamento de câncer. Foram incluídos adolescentes entre 10 a 19 anos e um dos pais/responsáveis, residentes no estado de São Paulo, em período de tratamento no Centro Infantil Boldrini entre Janeiro de 2008 e Julho de 2018 e, em com qualquer tipo de câncer. Os participantes responderam um questionário com questões sociodemográficas, ambientais (NEWS-Y), barreiras e facilitadores à prática de AF. Um dos pais/responsáveis também respondeu questões socioeconômicas (ABEP). Foi realizada análise estatística descritiva, distribuição de frequência relativa e absoluta, o teste de Shapiro-Wilk e o T de Student. Ademais, utilizou o teste qui-quadrado para grupo único e de Pearson, teste exato de Fisher, regressão logística binária e regressão de Poisson com variância robusta, considerando p<0,05 e intervalo de confiança 95%. Participaram 50 adolescentes, porém foram identificados 10 outliers, sendo analisados 40 adolescentes (62,5% sexo masculino), com idade média de 14,68±2,68 anos, IMC de 22,80±6,99 Kg/m², diagnosticados com Leucemias (40,0%) e tempo médio de AF de lazer 286,75±238,59 min/sem. Assim, não houve associação entre a AF de lazer dos adolescentes e dos pais/responsáveis, nem com os fatores sociodemográficos (p>0,05). Porém, houve associação aos fatores ambientais segurança na vizinhança (RP ajustado=1,66; IC95%=1,05 - 2,61; p= 0,02) e instalações recreativas (RP ajustado=0,53; IC95%=0,28 - 0,99; p= 0,04). Nessa fase, as barreiras à AF de lazer são falta de companhia e energia, a fadiga e sentir-se desmotivados. Porém, tanto adolescentes, quanto familiares acreditam que a prática seja factível, benéfica, podendo ser em grupo e com o auxílio de um personal trainer. Sendo assim, os adolescentes durante o tratamento oncológico reportaram insuficiente prática de AF de lazer, com algumas influências ambientais, principalmente quanto à segurança na vizinhança. Também, relataram barreiras a nível fisiológico, social e psicológico, contudo acreditam que essa prática os beneficie durante o tratamento. Futuros estudos devem estruturar metodologias mais robustas, com designs longitudinais e com instrumentos diretos para as coletas. Além disso, devem fortalecer parcerias nacionais e internacionais, a fim de continuar na busca por evidências e ações que propiciem a prática segura e efetiva da AF de lazer de pacientes pediátricos oncológicos. |