Importância da atividade física sobre fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares em adolescentes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Mastroeni, Silmara Salete de Barros Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6133/tde-29092009-101158/
Resumo: Introdução: A atividade física desempenha função importante na prevenção de doenças crônicas não transmissíveis. Objetivo: Estudar a importância da atividade física sobre parâmetros bioquímicos, pressão arterial sistêmica e elasticidade arterial na adolescência. Métodos: Na primeira fase da pesquisa foram envolvidos 3.000 adolescentes de 15 a 17 anos de idade, estudantes da rede estadual de ensino de Joinville-SC. A amostra foi obtida mediante procedimento de sorteio por conglomerado sob critério de partilha proporcional ao tamanho em único estágio, cuja unidade de sorteio foi a sala de aula. Na segunda fase, 300 alunos foram sorteados para a determinação dos parâmetros bioquímicos (glicose, insulina, colesterol total, HDL-c, LDL-c, triglicerídeos, homocisteína, ácido fólico, vitamina B12, Proteína C-reativa (PCR) e fibrinogênio), aferição dos índices de elasticidade arterial e medidas antropométricas, hábitos relacionados ao estilo de vida e nível de atividade física. Resultados: Retornaram o termo de consentimento, 1.104 adolescentes, sendo que 16,9 por cento relataram que algum membro da família sofreu infarto agudo do miocárdio e 31,4 por cento acidente vascular cerebral. Quanto à prática de atividade física, 80,6 por cento foram classificados como ativos e 20,7 por cento considerados com excesso de peso. Em relação aos dados bioquímicos, foram encontradas concentrações acima do recomendado para glicose (63,0 por cento), colesterol total (58,3 por cento), triglicerídeos (14,7 por cento), LDL-c (14,7 por cento), PCR (5,2 por cento), homocisteína (5,1 por cento) e fibrinogênio (5,5 por cento) e abaixo do recomendado para HDL-c (5,5 por cento). Foram encontrados baixos valores para elasticidade das grandes (LAEI) (67,8 por cento) e das pequenas (SAEI) (8,8 por cento) artérias. A atividade física apresentou correlação positiva com os LAEI e SAEI e negativa com o batimento cardíaco/minuto. Entretanto, não apresentou correlação com nenhum parâmetro bioquímico. Os adolescentes ativos e não ativos apresentaram médias diferentes (p<0,05) para as seguintes variáveis: circunferências da cintura e pescoço, dobra cutânea triciptal, batimento cardíaco/minuto, LAEI e SAEI. A atividade física não mostrou influência sobre os parâmetros bioquímicos, apenas sobre os índices de elasticidade (LAEI e SAEI) de forma independente. Após ajustes nos modelos de regressão linear a atividade física passou a influenciar a pressão arterial sistêmica e manteve sua influência sobre os índices de elasticidade. Conclusão: Apesar da maioria dos adolescentes serem classificados como ativos, o perfil nutricional do grupo estudado revelou elevada prevalência de excesso de peso e de alterações dos parâmetros bioquímicos. A atividade física influenciou a medida da pressão arterial sistêmica e o aumento da elasticidade arterial dos adolescentes. Entretanto, o mesmo comportamento não foi evidenciado para os parâmetros bioquímicos avaliados.