Defaunação em uma área contínua de Mata Atlântica e consequências para o sub-bosque florestal

• Ano de defesa: 2011
• Autor(a) principal: Brocardo, Carlos Rodrigo [UNESP]
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
• Palavras-chave em Português: Ecologia; Florestas; Mata Atlântica; Transectos lineares; Rain forest; Atlantic forest
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/99500

Mamíferos florestais, sobretudo as espécies de maior porte têm sofrido impactos decorrentes da perda, fragmentação e alteração de habitats. Porém, mesmo em florestas intactas ocorre a redução ou perda das populações dessas espécies, devido a sobrecaça, resultando no processo conhecido como defaunação. Como consequências da defaunação, há a quebra ou relaxamento das interações animal-planta, interferindo na dinâmica florestal, o que tem sérias implicações sobre a manutenção dos ecossistemas. Nesta Dissertação de Mestrado, dividida em dois capítulos buscou-se primeiro, verificar qual é o estado de conservação da comunidade de mamíferos de médio e grande porte de uma floresta contínua (Capítulo I: Densidade e abundância de mamíferos de uma área contínua da Mata Atlântica: um caso de floresta defaunada?); e segundo entender quais são as consequências da perda de mamíferos de maior porte sobre o sub-bosque florestal (Capítulo II: Efeitos da defaunação sobre o sub-bosque de uma floresta tropical), com dados coletados entre julho de 2009 e janeiro de 2011. Através de amostragens em transectos lineares e armadilhas fotográficas, ficou demonstrado que a área de estudo apresenta redução substancial na população da maioria das espécies de mamíferos cinegéticos, com a extinção local de Tayassu pecari (Capítulo I). Por meio da comparação entre parcelas de exclusão (defaunação induzida) e parcelas controle (abertas para todos os animais), não foram observadas alterações significativas no sub-bosque na ausência de mamíferos de médio e grande porte, o que provavelmente esteja ligado à necessidade de maior tempo para respostas estruturais serem observadas; ou ainda ao desbalanço nas taxas de herbivoria, pisoteio e predação de sementes causadas pela defaunação que a área sofre (Capítulo II).