Militares em revolta: a mobilização política dos marinheiros brasileiros no contexto da Guerra da Coreia (1950-1953)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, Ricardo Santos da [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
PCB
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/210884
Resumo: Este trabalho tem como objetivo investigar a mobilização política dos marinheiros de esquerda da Marinha de Guerra do Brasil, muitos deles pertencentes ao Antimil (Setor Militar do PCB), que atuaram no contexto da Guerra da Coreia (1950-1953), quando se debatia se o Brasil deveria participar do conflito asiático. Esta abordagem tem como ponto de partida o pós-guerra e o desencadeamento da Guerra Fria, momento em que este confronto ideológico e multifacetado politicamente ganha contornos de um conflito entre capitalismo x comunismo, e que na ocasião o mundo esteve próximo de uma guerra nuclear. No Brasil, o perigo comunista havia sido a justificativa do presidente Getúlio Vargas para instaurar a ditadura do Estado Novo; continuava sendo o mesmo na Guerra da Coreia em que se confrontavam militarmente o norte comunista e o sul capitalista. Por hipótese, avaliamos como decisiva a ação política desse grupo de marinheiros de esquerda tendo em vista impedir que o governo brasileiro enviasse uma força expedicionária para combater na Guerra da Coreia. O trabalho ainda objetiva apreender o processo de luta e mobilização bem como o mecanismo de repressão institucional que se abateu na Marinha de Guerra Brasileira, assim como analisar as graves violações aos direitos humanos que foram infligidas aos militares de esquerda como desdobramento de seu posicionamento político decisivo, assim como de outros atores, para a não-participação das Forças Armadas do país na Guerra da Coreia.