Avaliação do papel da neurotransmissão crférgica sobre a ansiedade e na atividade neuronal do BNST em camundongos machos e fêmeas expostos ao estresse psicossocial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Castillo, Felipe Forero [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/261181
http://lattes.cnpq.br/0829003101779087
https://orcid.org/0000-0002-0931-7632
Resumo: Recentemente, devido à exposição direta ou indireta a contextos altamente estressantes, tem se observado um aumento exponencial nos casos de ansiedade em todo mundo. Este transtorno emocional pode desencadear diversas outras patologias com diferentes níveis de gravidade, tornando-se uma importante questão de saúde pública. Tal fato resultou em significativo aumento no número de estudos dos transtornos de ansiedade. Entretanto, devido ao uso preponderante de animais machos na neurociência básica, não se tem gerado conhecimento robusto que esclareça os mecanismos neurobiológicos de transtornos emocionais, levando-se em conta potenciais diferenças sexuais. Recentemente, nosso grupo de pesquisa demonstrou que o bloqueio de receptores do tipo 1 para o hormônio (ou fator) liberador de corticotrofina (CRF) no núcleo intersticial da estria terminal (BNST, do inglês bed nucleus of the stria terminalis) atenua a ansiedade de camundongos machos expostos ao estresse de derrota social. Neste sentido, o presente estudo avaliou o papel da neurotransmissão CRFérgica no BNST sobre a ansiedade induzida pelo estresse psicossocial (i.e., estresse de testemunho de derrota social) em camundongos fêmeas e machos. Para isso, camundongos Swiss-Webster fêmeas e machos (60 dias de idade) foram submetidos a 10 sessões de derrota social ou a interações não agressivas com coespecíficos. Posteriormente, foram avaliados no teste de interação social para analisar a resposta de evitação diante do camundongo agressor e, 24 horas depois, no labirinto em cruz elevado (LCE) para avaliação das respostas relacionadas à ansiedade. Antes do teste no LCE, os animais receberam uma injeção intraperitoneal do antagonista de CRF1 (CP 376395) na dose de 20 mg/kg. Ao final da exposição ao LCE, os animais foram perfundidos para a extração dos encéfalos e dissecação do BNST, onde foram quantificados os padrões de ativação por meio da proteína c-Fos através de imunofluorescência. Os resultados indicam diferença significativa nas respostas de ansiedade no LCE unicamente nas fêmeas que foram expostas ao testemunho de derrota social, em comparação ao controle, assim como efeito ansiolítico nas fêmeas que receberam o tratamento com CP 376395. Adicionalmente, foi identificado também aumento na expressão da proteína c-Fos na porção ventral do BNST indicando diferença significativa quando comparada com os animais tratados sistemicamente com CP 376395