O uso de dexametasona na prevenção da falha de extubação em unidade de terapia intensiva pediátrica: avaliação e elaboração de um protocolo na UTI Pediátrica do Hospital das Clínicas de Botucatu – Estudo clínico, randomizado e controlado.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Carvalho, Haroldo Teófilo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/191037
Resumo: A ventilação mecânica tem contribuído para o aumento da sobrevida em pediatria, e a intubação orotraqueal é fundamental neste tipo de suporte. Contudo, complicações advindas desse método ainda são preocupantes, considerando a gravidade e a possibilidade de sequelas. O uso de corticoides tem se mostrado efetivo na redução do estridor laríngeo e na prevenção da falha de extubação em adultos, porém sua prática continua controversa em pediatria. Trata-se de estudo clínico, prospectivo e randomizado cujo objetivo foi avaliar a eficácia da Dexametasona na redução da falha de extubação em crianças e adolescentes internados em UTIP, submetidos à ventilação mecânica por mais de 48 horas, com pelo menos um dos seguintes fatores de risco: VM ≥ 15 dias, uso de inotrópicos ≥ 48 horas, idade entre 1 e 3 meses, MAP > 8,5 ou IO > 4,5 ou FiO2 > 0,4 imediatamente antes da extubação, doença cardíaca ou pulmonar crônica, insuficiência cardíaca congestiva, hipercapnia, pacientes com mais de um procedimento de IOT durante a internação, IO ≥ 10 em algum momento da VM, choque séptico e outras formas de choque, SDRA. Os pacientes foram aleatorizados em 2 grupos: tratado (GT), receberam dexametasona intravenosa, ataque de 1 mg/kg seguido de doses de 0,25 mg/kg a cada 6 horas, e controle (GC), que não recebeu corticoides antes da extubação. Foram admitidos 383 pacientes e eleitos 85 (22,2%) para o estudo, sem significância estatística entre os grupos quanto à idade, sexo, escore PRISM da admissão, escala de COMFORT e tempo de intubação. A maioria foi intubada sob sequência rápida, com COT sem cuff de diâmetro 4,5 mm, sedada com Midazolam e Fentanil, e o fator de risco de maior frequência foi a hipercapnia. A presença de comorbidades e disfunção orgânica, e o suporte de oxigênio utilizado após a extubação também não foi diferente entre os grupos. O GT obteve menores valores no escore de Westley após 60 minutos da extubação, assim como a frequência de desconforto respiratório entre 6 e 48 horas foi menor, já a necessidade de reintubação foi estatisticamente semelhante entre os grupos.