Pico de fluxo da tosse como preditor de sucesso na extubação orotraqueal: revisão sistemática com metanálise

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: FERREIRA, Natália
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Centro Universitário Augusto Motta
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://deposita.ibict.br/handle/deposita/123
Resumo: Uma porcentagem significativa de pacientes que obtêm sucesso no teste de respiração espontânea (TRE) é reintubada devido à incapacidade de proteger as vias aéreas. Esta revisão sistemática foi realizada para analisar a capacidade do pico de fluxo da tosse (PFT) em predizer o desfecho da extubação em pacientes que passaram no TRE. Métodos: A pesquisa abrangeu as bases de dados científicos MEDLINE, EMBASE, LILACS e IBECS, Scopus, Cochrane, Web of Science, CINAHL, SciELO e literatura cinzenta. O instrumento de avaliação Quality Assessment of Diagnostic Accuracy Studies (QUADAS-2) foi utilizado para avaliar a qualidade metodológica e o risco de viés do estudo. A heterogeneidade estatística através do likelihood e odds ratio foi avaliada usando gráfico de forest plot e através da estatística Q de Cochran, e calculou-se a curva SROC (summary receiver operating characteristic) utilizando múltiplos pontos de corte. Resultados: Muitos estudos apresentaram “risco incerto” de viés nos critérios de “seleção de pacientes” e “fluxo e tempo”. Dos 12 estudos incluídos, 7 apresentaram “alto risco” e 5 “risco incerto” no item “padrão de referência”, devido à falta de critérios clínicos objetivos para reintubação, uso de terapia de resgate e não exclusão de pacientes que reintubaram por laringoespasmo. A predição diagnóstica da PFT para o resultado da extubação foi baixa a moderada, considerando os resultados de todos os estudos incluídos. Uma análise de subgrupo incluindo apenas os estudos com ponto de corte entre 55-65 L/min mostrou um desempenho um pouco melhor, porém ainda moderado. Conclusão: A avaliação do PFT considerando um ponto de corte entre 55-65 L/min pode ser útil como uma medida complementar antes da extubação. São necessários mais estudos com protocolos bem estabelecidos para elucidar o melhor método e equipamento para registrar o PFT, bem como o melhor ponto de corte.