Participação da glia nas alterações morfológicas do cérebro e na produção de beta-quimiocinas na encefalite experimental pelo vírus da estomatite vesicular em camundongos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Vasconcelos, Rosemeri de Oliveira [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/104671
Resumo: A compreensão do comportamento da microglia frente a uma injúria viral contribui para o entendimento da dimensão da rede de comunicação celular, durante um processo degenerativo ou inflamatório no SNC. Pesquisas que utilizam modelos experimentais com o vírus da estomatite vesicular (VEV) têm colaborado com informações importantes sobre o comportamento e distribuição do agente no encéfalo, e também sobre o papel da resposta imune na resolução ou no agravamento das lesões nervosas. Neste estudo, foi comparada a evolução do quadro neurológico induzido pelo VEV, por meio de técnicas de imunoistoquímca, em cérebros de camundongos. Foi possível observar que o VEV causa severa degeneração e necrose do neurópilo, com lesão direta em neurônios, pois estes mostraram-se claramente positivos para o vírus, por meio da reação de imunoistoquímica no cérebro. A reação astrocitária foi intensa nos animais infectados, porém a densidade destas células reduziu com o aumento da gravidade das lesões. As células residentes (neurônios, astrócitos e microglia) e as células inflamatórias expressaram MIP-1a e, em menor proporção, MIP-1b. A microgliose reativa foi significativa nos animais com sintomatologia clínica. A diversidade morfológica da microglia foi grande, variando desde uma forma fusiforme a uma ramificada e a forma arredondada fagocítica das áreas necróticas. Foi possível observar que existe uma profunda interação entre as células residentes do SNC - neurônios, microglia, astrócitos, endotélio, frente ao estímulo viral. Baseado nos relatos da literatura é importante salientar que os astrócitos mantêm um controle ativo sobre a microglia tanto em repouso quanto ativada, via citocinas/quimiocinas. A densidade aumentada dessas células coincidiu com a redução do número de astrócitos, devido à necrose do neurópilo...