Influência do praguicida diclorvós sobre os marcadores moleculares de angiogênese na próstata de ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Lenharo, Naíra Ruiz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/192526
Resumo: Os pesticidas organofosforados, como por exemplo o diclorvós (DDVP), são amplamente utilizados na atualidade, apesar de existirem muitos estudos que comprovem a sua atuação como desreguladores endócrinos. Esses desreguladores são capazes de interferir na homeostase mantida pelos hormônios e podem estar ligados ao desenvolvimento de lesões neoplásicas no sistema genital masculino, como o câncer de próstata, que representa a segunda maior incidência de neoplasias no sexo masculino no mundo. A progressão dessas lesões pode se dar através do processo de angiogênese e depende do equilíbrio local nas atividades de fatores proangiogênicos e antiangiogênicos. Um dos fatores antiangiogênicos mais bem estudados é a endostatina, inibidor endógeno da angiogênese, enquanto que o fator proangiogênico mais importante é o VEGF, juntamente com o seu receptor Flk-1. A angiogênese pode ser induzida pela hipóxia que ocorre no ambiente tumoral devido à disponibilidade limitada de oxigênio entre as células proliferativas. Assim, o presente estudo teve como objetivo analisar a morfologia e os marcadores moleculares envolvidos no processo de angiogênese (HIF-1α, VEGF, Flk-1 e endostatina) na próstata de ratos para avaliar a influência do praguicida diclorvós, associado ou não à indução química por N-metil-N-nitrosoureia (MNU). Foram utilizados 32 ratos da linhagem Fischer 344, com idade de 90 dias. Os ratos foram separados em quatro grupos experimentais: Controle, DDVP, MNU, MNU+DDVP. Foram feitas análises histopatológica, morfométrico-estereológica, imuno-histoquímica e de Western Blotting da próstata ventral dos ratos. Verificou-se o surgimento de lesões, como hiperplasia epitelial, atrofia, inflamação, atipia celular com inclusões citoplasmáticas e metaplasia com hiperplasia estromal. Houve aumento na incidência de hiperplasia epitelial nos grupos MNU e MNU+DDVP e aumento no volume relativo do epitélio da próstata no grupo MNU+DDVP em relação ao grupo Controle. Não houve diferenças significativas entre os grupos em relação ao índice de densitometria óptica de proteínas angiogênicas. Os resultados obtidos revelam que o DDVP, associado ao MNU, promoveu o desenvolvimento de lesões e alterou aspectos morfológicos da próstata ventral de ratos, mas não alterou a expressão de marcadores moleculares de angiogênese.