Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Rigoletti, Vanessa Calciolari [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/153154
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Resumo: |
Com avanços na Política Pública de Inclusão e com o efetivo reconhecimento das especificidades apresentadas pelo quadro de alunos, a literatura passou a discutir o acesso, a permanência e a aprendizagem dos estudantes com deficiência. Parte de um projeto maior, intitulado “Formação de Professores no Contexto da Comunicação Alternativa”, este estudo teve como objetivo identificar como as professoras do ensino regular percebem as habilidades comunicativas dos alunos com deficiência não falantes e como desenvolvem sua rotina pedagógica. De modo específico, buscou identificar as barreiras enfrentadas pela professora, as mediações realizadas com este aluno e as adaptações pedagógicas necessárias como também, se propôs a identificar o uso de sistemas e recursos de Comunicação Suplementar Alternativa e a compreensão do interlocutor. Participaram deste estudo dez professoras do ensino regular de 1° ao 5° ano. Os instrumentos utilizados para coleta de dados foram a entrevista semiestruturada e o Protocolo de Habilidades Comunicativas (partes I e II). Após coletados, os dados foram transcritos e analisados, de acordo com o objetivo proposto. Foram estabelecidos os seguintes temas e subtemas: Tema 1-Habilidades de comunicação, com os subtemas: habilidade de expressão, habilidade de compreensão e compreensão do interlocutor. Tema 2-Rotina Pedagógica da Sala de Aula, com os subtemas: atividades e tarefas da sala de aula, atividades e tarefas adaptadas, dinâmica dos alunos da sala, mediação da professora e, por fim, o subtema barreiras na rotina da sala de aula. Os resultados evidenciaram que as professoras identificaram diferentes formas de comunicação do aluno porém permeadas por questões de necessidades básicas e troca de carinho. As professoras reconheceram a necessidade de auxílio para seu aluno se comunicar e revelaram que mesmo com adaptações curriculares os alunos com deficiência não falantes nem sempre estão inseridos na rotina do grupo. Os resultados deste estudo apontaram que as escolas precisam romper as barreiras impostas pela ausência da fala. As professoras relataram não ter conhecimentos específicos sobre o uso de sistemas que apoiem e possibilitem a comunicação e, destacaram que os alunos nem sempre têm sucesso em sua tentativa de comunicação e desistem de serem compreendidos. Tais dados permitiram discutir a importância de um grande investimento na formação específica dos profissionais para que elaborem e implementem sistemas tangíveis ou pictográficos como apoio à comunicação na rotina pedagógica da sala de aula. Dentre diversas barreiras apontadas pelas professoras, estão o ritmo, falta, dificuldade de avaliar o aluno e os objetivos incomuns entre os órgãos que cuidam e zelam pela aprendizagem de todos. Conclui-se que, devido às lacunas em sua formação, o professor não se sente habilitado para lidar com as especificidades do aluno com deficiência não falante e identifica a necessidade de parcerias com outros profissionais especializados. Este estudo indicou aspectos relevantes no direcionamento do professor do ensino regular, quanto ao planejamento das atividades pedagógicas, de forma mais adequada para todos os alunos, a fim de eliminar barreiras que possam interferir na rotina pedagógica da sala de aula, na comunicação e na aprendizagem do aluno com deficiência não falante. |