Estudo da interação entre a proteína albumina do soro humano e o fármaco sulfassalazina numa abordagem experimental e teórica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Grandini, Giulia Saneti
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HSA
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/253339
Resumo: O estudo das interações entre fármacos e proteínas é um tema de interesse científico-tecnológico e que tem aplicação direta na saúde pública. O estudo que envolve princípios ativos e proteínas de transporte sanguíneas, como a Albumina do Soro Humano (HSA), é indispensável no entendimento bioquímico da ação dos mesmos e na distribuição desses princípios pelo organismo. Através de técnicas espectroscópicas e teóricas estudou-se a interação do fármaco sulfassalazina (SSZ) com a HSA com o intuito de identificar o(s) sítio(s) preferencial(ais) e determinar a constante de associação (Ka). Os experimentos foram feitos também com a proteína Albumina do Soro Bovino (BSA), como parâmetro de comparação, já que dados na literatura apontam que o fármaco tem afinidade pelo sítio 1 de Sudlow (DS1) nas duas proteínas. Através do espectro de absorção obteve-se um Ka de (0,81 ± 0,02).10⁵ L.mol⁻¹ para o sistema SSZ-HSA e um Ka de (1,10± 0,10).10⁵ L.mol⁻¹ para o complexo SSZ-BSA. Os valores são próximos, mas diferenças no deslocamento batocrômico encontrados nos espectros de absorção denunciaram discrepância na polaridade do ambiente químico em que a SSZ está exposta nas duas proteínas. O docking molecular confirmou essa discrepância ao informar que no DS1 da HSA a sulfassalazina está exposta a uma vizinhança mais apolar do que a observada no DS1 da BSA. Além disso, ensaios de dicroísmo circular eletrônico (ECD) mostraram que a SSZ apresenta sinal de dicroísmo circular induzido (ICD) quando complexado em ambas as proteínas, mas que se diferem na forma e nos comprimentos de onda. Simulações TD-DFT sugerem que esse sinal é devido a uma isomeria axial que surge da interação entre o mesmo e o ambiente quiral do DS1. Tanto a técnica de absorção quanto o ECD foram usados para realizar competição de sítio na proteína HSA. Os resultados envolvendo os competidores digitoxina, varfarina, ibuprofeno, tiroxina e mesalazina apontaram que não há afinidade pelo sítio 2 de Sudlow (DS2), mas há uma discreta afinidade pelo sítio 3 de Sudlow (DS3). O DS1 foi confirmado como sendo o sítio preferencial.