Estudos da interação da Rosa de Bengala com a proteína Albumina do Soro Humano (HSA) sob aspectos experimentais e teóricos na caracterização dos sítios de ligação.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Yoguim, Maurício Ikeda
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/215662
Resumo: O corante Rosa de Bengala (RB) é um xanteno que possui algumas propriedades interessantes, como converter fotocatalíticamente moléculas de oxigênio para o estado singlete (1O2), e alterar a sua coloração de acordo com o valor de pH do meio. A compreensão da interação entre esse corante à macromoléculas biológicas é muito importante, porque estes estudos permitem compreender a formação de complexos como a proposição de mecanismos de interação e reação, estudos de reconhecimento à nível atômico e molecular dos sítios de ligação e a identificação das interações determinantes no processo de sua formação. A proteína escolhida para esse estudo foi a albumina do soro humano (HSA), que possui 9 sítios ativos para ácidos graxos (FA), ou 3 sítios de Sudlow, na qual é responsável por carrear compostos endógenos e exógenos para todo o organismo humano. Com os experimentos de Job´s Plot foi possível determinar que 6 estruturas do corante estão interagindo à estrutura da proteína, e estes possuem um valor médio de 3,90 ± 0,08 x 105 M-1 (constante de associação). Como o corante se interage à estrutura da proteína, averigou quais são os sítios ativos que o corante teve maior afinidade, desse modo, realizou tanto os experimentos laboratoriais (competição de sítios), como teóricos (docking molecular). Para os resultados experimentais foram observados que o RB possui afinidades aos sítios Sudlow I (IIA), FA1 (IB) e FA6 (IIB), e não ao sítio Sudlow II (IIIA). Com os estudos de docking molecular foram comprovados os mesmos resultados obtidos experimentalmente, e ainda foi possível identificar uma possível região preferencial ao sítio FA6. Os estudos termodinâmicos auxiliaram a compreender melhor a formação desse complexo, desse modo tem-se um ∆H>0 (endotérmico), ∆S>0 (grau de desordem mínimo) e ∆G<0 (reversível e espontâneo). Foi averiguado também que a formação do complexo apresentou um comportamento semelhante do RB nos meios caráter menos polares. Percebeu também que o corante interage com a proteína mesmo em situação onde há a deformação estrutural protéica, ocasionado por alguma patologia como Alzheimer, Diabetes e parkinson.