Influência do tabagismo na ansiedade e depressão, marcadores inflamatórios e metabólicos, composição corporal, força e capacidade cardiorrespiratória

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Gouveia, Tamara dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/180279
Resumo: Introdução: O tabagismo é considerado uma doença crônica e pode ter uma relação direta com doenças mentais, como a ansiedade e depressão. Além de, poder ocasionar alterações na composição corporal, inflamatórias, metabólicas, musculares e cardiorrespiratórias, promovendo o surgimento de doenças metabólicas, cardiovasculares e respiratórias. Objetivos: Avaliar os níveis de ansiedade e depressão e a relação entre carga tabágica com marcadores inflamatórios e metabólicos, composição corporal, força muscular, capacidade cardiorrespiratória e o risco de desenvolvimento de doenças metabólicas e cardiovasculares em tabagistas. Métodos: Estudo transversal, com tabagistas avaliados independente do sexo, com idade entre 18 a 60 anos. A avaliação foi composta de obtenção de dados de identificação pessoal, investigação de histórico tabagístico e critérios clínicos de dependência física à nicotina. Foram aplicados questionários referentes ao grau de dependência à nicotina (Fagerström), questionário socioeconômico e níveis de ansiedade e depressão (HADS). Foram realizados os seguintes testes: espirometria, dinamometria, bioimpedância, coleta de sangue venoso periférico e teste cardiopulmonar em esteira. Resultados: Foi encontrada associação entre tabagismo e ansiedade (p = 0,003) e depressão (p <0,001) mesmo após ajustes para fatores de confusão (tabagismo e ansiedade: OR sexo: 2,01; OR idade: 2,56; OR escolaridade: 2,25; OR nível socioeconômico: 2.26; tabagismo e depressão: OR sexo: 4.80; OR idade: 3.13; OR escolaridade: 1.82; OR nível socioeconômico: 1.81). Também foram observadas correlações positivas fracas entre anos-maço e triacilglicerol (r=0,313; p=0,011), monócitos (r=0,282; p=0,024) e circunferência abdominal (r= 0,252; p=0,047) para dados não ajustados. E correlações positivas fracas entre anos-maço e gordura visceral para os dados ajustados (r= 0,258; p=0,048). Tabagistas que fumam mais de 20 cigarros/dia têm 31% mais chances de desenvolverem doenças metabólicas [p=0,043 (95% IC: 1,009 – 1,701)]. Conclusões: Tabagistas têm duas vezes mais chances de apresentarem ansiedade mesmo após com o ajuste das variáveis de confusão, também se observa com a depressão exceto no modelo de ajustes com as variáveis de escolaridade e depressão. E os anos-maço tem uma correlação positiva com os monócitos, com o triacilglicerol, com a circunferência abdominal e gordura visceral; e que tabagistas que fumam mais de 20 cigarros/dia têm 31% mais chances de desenvolverem doenças metabólicas.