Conhecimentos e atitudes do estudante de medicina e dos médicos dos programas de residência de geriatria, neurologia, psiquiatria e clínica médica da Faculdade de Medicina de Botucatu - Unesp em relação aos quadros de demência em idosos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Leite, Ananda Ghelfi Raza [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/151080
Resumo: Introdução: As demências são comuns nos idosos e sua prevalência aumentou nas últimas décadas. Em 2025, o Brasil estará na sexta posição mundial em número absoluto de idosos. No país, a grade curricular do curso de graduação em Medicina, de acordo com as Diretrizes Curriculares para este curso, contempla o ensino de demência e seu manejo, havendo poucos relatos na literatura cientifica sobre a qualidade do ensino oferecido ou sobre o conhecimento e a capacidade de identificação da demência. Diante disso, propõe-se estudo sobre os conhecimentos e atitudes a respeito de questões relacionadas ao declínio cognitivo em idosos por parte de estudantes e residentes de Medicina. Objetivo: Avaliar os conhecimentos e atitudes em demências por parte de estudantes de medicina e dos médicos residentes das áreas que mais atuam com demência em idosos. Métodos: Estudo transversal no qual foi realizada a aplicação aos estudantes e residentes de um questionário contendo itens sobre o aprendizado em demências durante a graduação médica e um instrumento britânico, adaptado transculturalmente ao Brasil, sobre conhecimentos e atitudes em demências em idosos. Os resultados de conhecimento e atitudes sobre demência foram comparados entre especialistas e generalistas e entre os momentos de suas carreiras. Resultados: Dos participantes deste estudo, 57% eram do sexo feminino, 60,3% relataram ter tido base em alterações cognitivas durante a graduação, e destes, 57% relataram ter tido base teórica e prática; 89,8% dos participantes afirmaram ter realizado curso extracurricular durante a graduação no qual foi abordado o tema. Com relação ao questionário de conhecimentos, os graduandos acertaram menos questões do escore “epidemiologia” do que os residentes iniciantes e menos do que os residentes finalistas. No escore “diagnóstico”, os alunos do sexto ano acertaram menos do que os residentes iniciantes e finalistas, assim como os residentes iniciantes acertaram menos do que os residentes finalistas. Observou-se que as os alunos do sexto ano concordaram mais com as afirmações referentes às atitudes “2” (“As famílias preferem ser informadas a respeito da demência de seu parente o mais rápido possível”) e “4” (“Fornecer diagnóstico geralmente é mais útil do que prejudicial”) do que os residentes iniciantes. Já na atitude “6” (“Os pacientes com demência podem esgotar recursos com resultado pouco positivo”), os graduandos concordaram menos com a afirmação do que os residentes iniciantes. Conclusão: Os resultados permitiram uma leitura mais detalhada dos tópicos envolvidos na capacitação médica para a detecção de alterações cognitivas em idosos, assim como a avaliação do perfil do especialista e do generalista quanto à avaliação dos quadros demenciais e das atitudes frente ao paciente, sendo que os graduandos, apesar de acertarem menor quantidade de questões no questionário de conhecimentos, apresentaram atitudes mais positivas frente ao paciente com demência.