Padronização de métodos para inoculação de Sporisorium scitamineum em testes de resistência ao carvão da cana-de-açúcar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Boldini, Juliana Moraes [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/141908
Resumo: O carvão da cana-de-açúcar (Sporisorium scitamineum) é uma das principais doenças que causam perda na produtividade e redução do estande da cultura. Não há até o momento, metodologias adequadas e genótipos que possam contribuir à discriminação dos materiais genéticos quanto aos níveis de resistência de forma convincente e segura. Com isso, os objetivos do presente trabalho foram: (i) determinar metodologias mais adequadas de inoculação e de pós-inoculação; (ii) avaliar o comportamento diferencial de genótipos de cana-de-açúcar quando submetidos a diferentes métodos de inoculação; (iii) padronizar metodologias de avaliação do carvão empregando-se métodos de inoculação, temperatura pós-inoculação, e padrões de suscetibilidade, intermediário e resistência para programas de melhoramento. Foram realizados três experimentos, em diferentes épocas, conduzidos em cana-planta e cana-soca, em casa de vegetação e a campo. No primeiro experimento, foram avaliadas as condições ideais prévias de inoculação e de pós-inoculação, empregando os genótipos RB925345 e IACSP03-4080. Os minitoletes de gema individualizada foram inoculados por aspersão, imersão e punctura das gemas com suspensão de 106 teliósporos/mL e posteriormente submetidos a temperaturas de 26, 28 e 30°C por 72 horas. Foi empregado o delineamento inteiramente casualizado com quatro repetições em cana-planta por 180 dias, e em cana-soca por 180 dias em casa de vegetação. A avaliação consistiu na determinação semanal da incidência de plantas com chicote. Posteriormente, os genótipos Co419, NA56-79, RB925345, SP80-3280, IACSP93-3046, IACSP95-5000, IACSP95-5094, IACSP96-2042, IACSP96-3060, IACSP96-7569, IACSP96-3076, IACSP97-4039, IACSP98-2053, IACSP03-4080, foram submetidos aos métodos de inoculação por aspersão, imersão e punctura em suspensão de mesma concentração de teliósporos já descrita. O delineamento foi inteiramente casualizado em cana-planta conduzido em casa de vegetação e em blocos casualizados em cana-soca conduzida à campo. As avaliações da incidência de plantas com chicotes foram realizadas semanalmente, em casa de vegetação, durante 180 dias em cana-planta, e por mais 180 dias em cana-soca em campo. Um terceiro experimento foi realizado, utilizando os genótipos Co419, NA56-79, SP80-3280, IACSP93-3046, IACSP95-5094 e IACSP03-4080, com a intenção de validação dos resultados obtidos para padronização da metodologia de inoculação e pós-inoculação e genótipos. O experimento foi conduzido a campo por 180 dias, sendo avaliado quanto a incidência de carvão. Os resultados revelam que a temperatura ideal pós-inoculação foi de 28°C por demonstrar melhor resposta quanto à porcentagem de brotação das gemas e incidência de plantas com chicotes. O melhor método indicado para as fases de seleções de genótipos resistentes foi inoculação por imersão, por ser mais próximo das condições naturais. Já o método por punctura pode ser indicado para identificar genitores resistentes a serem utilizados em cruzamentos genéticos, por ser um método mais agressivo, possibilitando a obtenção de genótipos resistentes geneticamente. O método de aspersão mostrou-se pouco viável devido às possíveis falhas de inoculação. Experimentos conduzidos a campo revelaram resultados mais rápidos e seguros, em relação aos conduzidos em casa de vegetação. A nova escala de avaliação proposta neste trabalho permitiu melhores condições para caracterização dos genótipos quanto à resistência ao carvão e respostas em menor tempo de avaliação. Os genótipos Co419, IACSP03-4080 e IACSP93-3046 mostraram-se adequados como padrões de suscetibilidade; NA56-79 intermediário e SP80-3280 de resistência.