Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Nascimento, Thais Rodrigues de Carvalho [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/204270
|
Resumo: |
Que fenômeno é este o Transtorno do Espectro Autista (TEA)? Como a família vivencia a Educação Sexual de filhos(as) com TEA? Nosso objetivo é compreender como a Educação Sexual de crianças/adolescentes identificados com TEA ocorre na relação intrafamiliar. Trata-se de um estudo ancorado na metodologia fenomenológica e analisado na perspectiva de Mauro Martins Amatuzzi. Esta dissertação apresenta a análise compreensiva de nove colaboradores (7 mães e 2 pais) que compartilharam suas experiências por intermédio da entrevista fenomenológica, a partir da questão norteadora: Relate como você orienta seu(sua) filho(a) em relação a sexualidade. Fale do seu jeito de se comunicar com seu(sua) filho(a) desde a infância até esse momento da pré-adolescência sobre os aspectos da sexualidade dele(a)? Esse convite permitiu que os(as) colaboradores(as) relatassem suas histórias de vida, sem limite de tempo pré-estabelecido. No desenrolar das análises das falas surgiram as seguintes categorias: (1). Nos horizontes das relações intrafamiliares: o período da gravidez, do nascimento e o lugar do pai; (2). Nos horizontes das relações intrafamiliares na infância; (3). Nos horizontes das relações intrafamiliares: matizes do diagnóstico; (4). Autismo no contexto familiar após o diagnóstico: hábitos de vida; (5). Nos horizontes da Educação Sexual na relação intrafamiliar (Subcategoria 1 – Nos laços da puberdade; Subcategoria 2 – Nos laços da adolescência). As análises realizadas permitiram compreender a história da família e as nuances do diagnóstico bem como perceber que a família reconhece as transformações físicas/psíquicas próprias do período da puberdade. Dos nove colaboradores, sete mães relataram como orientam as manifestações afetivas/sexuais percebidas no(a) filho(a), conseguindo estabelecer uma relação dialógica no matiz da criatividade e da autenticidade assumindo que o corpo dos seus(suas) filhos(as) com TEA é habitado por desejos e necessidades próprias. Nesse aspecto, notamos que a família orienta a sexualidade do espectro autista de acordo as limitações individuais reveladas por cada filho(a). Dois pais argumentaram não ter notado nenhuma expressão da puberdade e da adolescência em seus filhos e se dispuseram a buscar orientação para conseguirem exercer uma Educação Sexual quando esse momento se desvelar. Aponta-se horizontes de compreensão do fenômeno indagado, entendendo que a Educação Sexual é responsabilidade da família, palco inicial das nossas relações e, portanto, é preciso criar espaços de diálogo entre os pais mediante rodas de conversa, grupos de estudo, palestras, cursos, capacitação, dentre outras formas. Quanto à literatura, notamos a escassez de estudos publicados acerca desse fenômeno; logo, é válido buscar multiplicar as pesquisas e fomentar discussões no intuito de facilitar a orientação dos pais e dar voz ao espectro autista considerando-o como ser de desejo, de escolhas e de manifestações afetivas/sexuais. Informamos ao(à) leitor(a) que este estudo produziu uma cartilha denominada: “A Educação Sexual no Transtorno do Espectro Autista (TEA) nos laços da família”, que poderá ser adquirida pelas vias de contato e diretrizes descritas ao final dessa dissertação (Apêndice C). |