A Educação Inclusiva para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em escolas públicas municipais.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Mozetti, Fernanda Cristina de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/242375
Resumo: A presente pesquisa apresentou como objeto a análise da Educação Inclusiva de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) matriculadas em escolas públicas municipais. O estudo identificou como importante para que esse processo aconteça a participação da gestão escolar, a parceria com a família, a formação continuada dos profissionais, a articulação entre os(as) professores(as) da Educação Especial e professores(as) da sala de aula comum para a efetivação do Ensino Colaborativo e de práticas pedagógicas e recursos que contribuem para a aprendizagem do(a) estudante e também a importância do professor de apoio pedagógico. Com isso, as temáticas de formação continuada, inclusão, gestão escolar, políticas públicas, Sala de Recursos Multifuncionais e práticas pedagógicas foram problematizadas durante todo o percurso, tomando como referência diversos autores e documentos oficiais relativos à inclusão de pessoas com deficiência na escola regular. Com a histórica exclusão da escolarização de pessoas com deficiência, sabemos que a inclusão escolar é recente e requer o desenvolvimento de pesquisas e práticas que possam contribuir para enriquecer as possibilidades de ações pedagógicas com estudantes que demandam intervenções específicas. Ainda, com a sistematização da nova Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (PNEE-EI), com a instauração de políticas públicas como a implantação das Salas de Recursos e a oferta do AEE (Atendimento Educacional Especializado), cada vez mais crianças-público da Educação Especial têm acesso às escolas comuns. E, principalmente, após a criação da Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, em 2012, aumentaram as matrículas de estudantes com TEA. Diante disso, o problema da pesquisa consistiu em evidenciar as práticas e os recursos que visam a inclusão dos(as) estudantes com TEA, contribuindo para o desenvolvimento de sua aprendizagem e de sua potencialidade. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, com aproximação do método dialético-crítico, que analisa o fenômeno na sua totalidade e concreticidade. Foi realizada a pesquisa de campo e para a apreensão dos dados foram realizadas as seguintes ações: estudo documental e entrevista semiestruturada com os profissionais que atuam diretamente com a criança com TEA (professores regentes da sala de aula comum e professores da Educação Especial), e também entrevistas com as famílias dos (as) estudantes, que permitiram refletir a realidade de seus filhos. A seleção e análise dos dados foram realizadas a partir da leitura minuciosa dos registros para a definição das categorias e triangulação dos resultados. A pesquisa revelou que a Educação Inclusiva para estudantes com TEA já acontece nas escolas públicas municipais. Contudo, carece de profundas discussões sobre essa temática no ambiente escolar e de intensa formação especializada, de tal forma que os profissionais da educação possam se apropriar de mais elementos para a potencialização de ações efetivas no âmbito do trabalho coletivo e para a efetivação de práticas que realmente contribuam para o ensino e aprendizagem. A discussão consistiu na compreensão da necessidade da construção de uma nova concepção de educação por meio de uma educação emancipadora, na qual entende-se que a Educação Inclusiva não é somente o acesso à escola, mas, principalmente, o desenvolvimento do aprendizado do(a) estudante com TEA enquanto garantia de direito de uma educação pública de qualidade para todos(as) e atendendo às necessidades e especificidades de cada estudante. Palavras-chave: Educação Inclusiva. Transtorno do Espectro Autista (TEA). Práticas Pedagógicas.