Aspectos emocionais do paciente hanseniano no quadro reacional tipo 2: um estudo exploratório

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Azevedo e Silva, Helenice Cristina [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/98475
Resumo: O ser humano, em sua natureza, é um ser que sofre frente às adversidades da vida, carrega as feridas adquiridas de uma forma coletiva às individuais. A doença une esses dois fatores, dor e sofrimento, pois é nela que a pessoa vivencia a dor física e emocional concomitantes, dentro de sua individualidade, ou seja, cada um lida com a situação do adoecimento, de acordo com sua realidade física e psíquica. A hanseníase continua sendo um problema de saúde pública. Hoje, o Brasil ocupa o primeiro lugar em número de casos, já com uma nova proposta da Organização Mundial de Saúde, em atingir, até 2010, a meta de menos de 1/10.000 habitantes. É doença estigmatizada e com várias possibilidades de agravos, quando não diagnosticada precocemente. Um dos agravos é que o paciente da forma multibacilar pode apresentar antes, durante e após o tratamento, um quadro reacional traduzido por fenômenos agudos, denominado reação tipo 2. O presente estudo teve como objetivo avaliar emocionalmente o paciente hanseniano no Quadro Reacional Tipo 2, que apresenta ou tenha apresentado, comparado ao paciente sem qualquer tipo de reação. Estudou-se, de modo quantitativo, 50 pacientes, com diagnóstico de hanseníase, sendo 25 com diagnóstico de quadro reacional tipo 2 e 25 que não apresentaram, em nenhum momento, qualquer tipo de reação. Utilizou-se uma Entrevista semi-estruturada, com 23 questões, onde, posteriormente, as respostas foram tabuladas e analisadas estatisticamente e mais dois instrumentos para se avaliar qualidade de vida; sendo eles o DLQI-BRA e o WHOQOL-bref. Concluiu-se que os agravos emocionais, dos pacientes hansenianos, no quadro reacional tipo 2, são superiores ao dos pacientes que não apresentaram qualquer tipo de reação. Sugere-se que o acompanhamento psicológico dos pacientes hasenianos deve ser realizado do diagnóstico à alta e principalmente, nos episódios...