Percepções de um grupo de professores sobre as possibilidades e limites da tecnologia móvel e de atividades investigativas no ensino de matemática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Coelho, Juliana Cândida Batista Gomes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/205076
Resumo: A presença das tecnologias móveis (doravante TM) no contexto educacional está exigindo que os professores repensem suas práticas, visto que não podemos ignorar essa tecnologia que está na mão e na ponta dos dedos dos estudantes. Para tanto, esta pesquisa tem como objetivo investigar as percepções de um grupo de estudo de professores ao analisarem colaborativamente as possibilidades e limites da tecnologia móvel, aliada ao uso de aulas investigativas, como estratégias pedagógicas para o ensino de matemática. A produção de dados deste estudo de abordagem qualitativa, foi subsidiada pela metodologia de pesquisa-ação colaborativa crítica, caracterizado como pesquisa-ação de 1ª ordem, sendo realizada com a participação de um grupo de estudo colaborativo formado por professores e por coordenadores da rede pública de ensino do Estado de São Paulo. A análise qualitativa e interpretativa dos dados, pesquisa-ação de 2ª ordem, foi feita por meio da Análise Reconstrutiva, que mapeia as afirmativas de validade em atos comunicativos nos domínios objetivo, subjetivo e normativo, bem como procura inferir significados ou premissas tácitas a diferentes níveis de remoticidade: o evidente, o intermediário e o de fundo. As temáticas levantadas pelo grupo colaborativo foram: i) quem é o protagonista da ação, para que o uso da TM aconteça; ii) as dificuldades/limites em relação ao uso educacional; iii) as potencialidades da TM em relação ao uso no contexto educacional e iv) o ensino remoto emergencial. Os resultados evidenciaram que: a) uma das fontes de frustração para professores é que eles observam que os alunos utilizam as TM mais para uso pessoal, para interagir nas redes sociais, além do uso para entretenimento, mas muito pouco para fins acadêmicos; b) que, apesar de ser papel do professor educar o aluno para esse uso, eles se sentem despreparados para essa tarefa, tanto por falta de oportunidades de formação continuada que favoreça seu olhar crítico para a tecnologia, quanto por condições físicas da escola, como acesso à internet; c) em relação às potencialidades da TM, as afirmativas giram em torno de a mesma poder tornar o processo de aprendizagem dinâmico, contextualizado e autônomo; d) o ensino remoto trouxe muitos desafios ao professor, pois o mesmo precisou se adequar e agir em um intervalo de tempo muito curto. Ademais, proporcionou aprendizado, não apenas em relação às tecnologias digitais em geral, mas também em relação à TM, em especial o celular.