Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Fernandes, Maria Eduarda dos Santos Lopes
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Orientador(a): |
Carvalho, Vivian de Assunção Nogueira
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Banca de defesa: |
Silva, Marta Fernanda Albuquerque da
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França, Ticiana do Nascimento
,
Nardi, Andrigo Barboza De
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Peixoto, Tiago da Cunha
,
Pippi, Ney Luis
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
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Departamento: |
Instituto de Veterinária
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/18887
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Resumo: |
Diante dos desafios no uso de enxertos cutâneos autólogos na cirurgia veterinária, cresce progressivamente a busca de alternativas no enriquecimento do processo de reparo. Objetivou- se avaliar a influência do enxerto omental livre sem microanastomose vascular (LSMAV) na implantação de enxertos cutâneos em malha aplicados sobre feridas experimentalmente em coelhos. Vinte e quatro coelhos submetidos à celiotomia longitudinal mediana para coleta de fragmento omental (4cm2 ) foram utilizados. Após a celiorrafia foram produzidas, duas feridas quadradas de 4cm2 na região torácica dorsal, de forma que cada segmento de pele removido serviu de enxerto cutâneo em malha na ferida contralateral. Nas feridas controle (FC) o enxerto de pele foi suturado ao leito receptor utilizando-se pontos simples separados com fio poliamida 4-0, sem o fragmento omental entre o enxerto e leito receptor. Nas feridas tratadas (FO) o fragmento de omento foi implantado no leito receptor com oito pontos simples separados com fio de polidioxanona 4-0 em suas extremidades, com posterior sutura do enxerto de pele, conforme descrito anteriormente. No pós-operatório instituiu-se terapia com antibiótico e analgésicos, curativo do tipo tie over com gel lubrificante hidrossolúvel, trocado aproximadamente a cada 3 dias, além de colar protetor e botas esparadrapadas. As feridas foram clinicamente avaliadas nos dias 3, 7, 10, 14, 17, 21 e 28 pós-operatórios. Oitos animais foram mantidos diferentes períodos (7, 14 e 28 dias) e submetidos à eutanásia para avaliação anatomopatológica (macro e microscópica). Clinicamente destacou-se o aumento de volume nas FO, que se manteve por mais tempo e de forma mais intensa, sobretudo com consistência firme, na lateral dos enxertos a partir do terceiro dia de pós-operatório. Além disso, observou- se também nas FO produção de exsudato inflamatório por período mais prolongado, com evolução mais rápida dos enxertos para colorações escuras com aspecto ressecado e desvitalizado ao longo dos momentos de avaliação, não havendo integração do enxerto cutâneo em nenhum animal desse grupo. A avaliação macroscópica post-mortem evidenciou reação inflamatória mais intensa nas FO em todos os momentos de avaliação, porém com abrandamento dessas reações e evolução para reparo tecidual ao longo do tempo em ambos os grupos. Na microscopia observaram-se também inflamação mais intensa, com maior número de células polimorfonucleares, mononucleares e células gigantes nos dias 14 e 28 de pós- operatório, maior intensidade de úlceras epidérmicas no 28o dia e menos reepitelização nos 14o e 28o dias nas FO quando comparado às FC. Conclui-se que o enxerto omental LSMAV, apesar de ter se mantido viável e sem efeitos deletérios locais (leito receptor), não exerceu influência positiva na integração dos enxertos cutâneos em malha aplicados em feridas experimentais de coelhos. |