Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Dutra, Marignês Theotonio dos Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/193516
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Resumo: |
A apneia obstrutiva do sono (AOS) é um transtorno potencialmente grave e altamente prevalente na síndrome de Down (SD), sendo de grande relevância o conhecimento de causa e efeito entre essas duas condições. A AOS desencadeia eventos estressantes como esforços respiratórios e alteração da pressão arterial. O eixo hipotálamo-pituitária-adrenal (HPA) constitui-se em um conjunto de interações responsivas ativadas a partir de estímulos estressores, tendo como um dos produtos finais a secreção do cortisol, sendo esse o principal hormônio glicocorticoide secretado pelas glândulas adrenais, com funções de controlar as reações ao estresse. Estudos buscam identificar uma relação entre a AOS e as variáveis circadianas do cortisol, afim de encontrar biomarcadores que possam facilitar a detecção e avaliação de risco para AOS. Este estudo transversal mapeou os padrões matinais e noturnos de cortisol salivar em um grupo de jovens e adultos com SD, e avaliou as associações entre os níveis de cortisol e a presença de AOS (leve, moderada e grave). Os níveis de cortisol foram obtidos por meio de amostras salivares, por ser um biofluido que apresenta um excelente índice da fração livre do cortisol com resultados confiáveis, além da vantagem de ser umexame não invasivo e eficiente. Em adição, parâmetros salivares de cada participante foram avaliados por medidas sialométricas e sialoquímicas, obtendo-se valores da capacidade tampão, taxa de fluxo salivar e viscosidade. Foram selecionados 23 jovens e adultos com SD e AOS, de ambos os gêneros, com idades entre 18 e 26 anos, e submetidos a coletas de amostras de saliva em diferentes horários respeitando as variáveis fisiológicas do ciclo circadiano, para avaliações sialométricas e sialoquímicas. As coletas de saliva foram realizadas através de uma bomba de sucção adaptada para essa finalidade, e as análises de cortisol salivar por meio de um kit enzima imunoensaio. O resultado mostrou que não houve significância estatística entre AOS e as variáveis exploratórias gênero, cortisol salivar matinal e noturno, fluxo salivar, viscosidade e capacidade tampão. Os graus de AOS (leve, moderada e grave) não tiveram efeito significativo sobre cortisol salivar matinal e noturno. Todos os participantes apresentaram baixas taxas de fluxo salivar, capacidade tampão dentro de padrões de normalidade e, pelo menos metade dos participantes, apresentou baixos níveis de viscosidade salivar. Concluímos que a maioria dos jovens e adultos com SD e AOS, apresentou condição de normocortisolismo em ambos os períodos matinal e noturno, sugerindo ausência de risco de estresse psicológico e/ou físico. Apesar de não haver significância estatística, foram detectados quadros de hipercortisolismo e hipocortisolismo em períodos distintos e com diferentes graus de AOS.Os níveis de cortisol salivar apresentaram-se heterogêneos nos pacientes com SD independente dos graus de AOS. Por fim, foi observada redução na secreção e viscosidade salivar, com impacto negativo para mastigação, deglutição, fonação e percepção do paladar, sugerindo que seja realizada gestão salivar em pessoas com SD. |