Efeitos da exposição à cocaína ou crack sobre recém-nascidos de gestantes usuárias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Moukbel, Yasmin Ciamaricone [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/214259
Resumo: Introdução: O uso da cocaína-crack durante a gestação está associado a alterações placentárias e neuroendócrinas que podem causar efeitos adversos no feto, recém-nascido (RN) e no desenvolvimento da criança. A relação entre exposição fetal e as alterações pós-natais carece de mais estudos, principalmente no Brasil. Objetivo: Caracterizar as gestantes usuárias de cocaína-crack e investigar as alterações encontradas nos RN expostos. Métodos: Estudo longitudinal, prospectivo, observacional e descritivo, com inclusão de RN de mães usuárias de cocaína-crack. Analisadas variáveis maternas, gestacionais e neonatais como peso de nascimento, idade gestacional (IG), condições de nascimento, reanimação em sala de parto, morbidades, malformações, local e tempo de hospitalização. Resultados: Avaliados 38 RN e gestantes (0,8 % do total de nascimentos). Em relação às mães, 47% foram multíparas, 24% com aborto anterior, 90% fizeram uso de cocaína-crack associado a outras drogas lícitas ou ilícitas e 16% apresentaram infecções sexualmente transmissíveis. A mediana do peso dos RN foi de 3077g e IG, 39,1 semanas. Distúrbios respiratórios foram diagnosticados em 37% dos RN. Metade dos neonatos necessitaram de internação em unidade de cuidados intermediários ou intensivos. Malformações foram encontradas em 16% dos casos. 23 RN (60,5%) foram amamentados em seio materno durante a internação. Conclusões: Gestantes drogaditas apresentaram frequentemente associação de drogas, com alta incidência de infecções sexualmente transmissíveis. Recém-nascidos expostos à cocaína-crack durante a gestação apresentaram maiores frequências de prematuridade, baixo peso ao nascer e morbidades do que a população geral, refletindo possivelmente em maior necessidade de hospitalização.