Avaliação da progressão da fibrose hepática em adultos coinfectados pelo vírus HIV e da hepatite C por meio de biópsias hepáticas pareadas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Bó, Andréa Gurgel Batista Leite Dal
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HIV
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5134/tde-01032013-134648/
Resumo: INTRODUÇÃO: Pacientes com coinfecção HIV e hepatite C, em geral, apresentam rápida progressão da fibrose hepática. No entanto, a maior parte dos estudos, que avaliam essa questão, caracteriza a progressão da fibrose de forma indireta, utilizando para isso uma única biópsia hepática e tendo como base de cálculo o tempo estimado de infecção pelo vírus da hepatite C. OBJETIVO: Os objetivos do presente trabalho são: 1-Estimar a taxa de progressão da fibrose hepática de forma direta, através da análise de biópsias pareadas em pacientes coinfectados HIVhepatite C, não submetidos a tratamento prévio para hepatite C; 2- Avaliar a possível associação dessa progressão a determinadas variáveis clínicas. MÉTODOS: Trinta pacientes coinfectados com HIV e hepatite C, sem antecedente de tratamento prévio da hepatite C, submetidos a duas biópsias hepáticas pareadas foram avaliados. Calculou-se a taxa de progressão de fibrose direta e foram feitas determinações de progressão, estabilização e regressão da fibrose. Procedeu-se então à análise estatística, testando-se a associação entre progressão de fibrose e algumas variáveis clínicas e demográficas. RESULTADOS: A taxa de progressão média foi de 0,13 UF/ano, com 36,7% dos pacientes configurando-se como progressores. Em análise univariada, a progressão de fibrose hepática esteve associada a níveis de alanina aminotransferase (p<0,001) e aspartato aminotransferase (p<0,0340) acima de 3 vezes o limite superior da normalidade à época da primeira biópsia. Verificou-se também associação entre níveis de alanina aminotransferase (p=0,049) e aspartato aminotransferase (p=0,013) acima da normalidade e atividade necroinflamatória à primeira biópsia. CONCLUSÕES: Elevações de alanina aminotransferase e aspartato aminotransferase parecem estar associadas a uma maior atividade necroinflamatória em pacientes co-infectados pelo HIV e hepatite C e também a uma progressão mais acelerada da fibrose hepática nesse grupo de pacientes