História das práticas de inspeção escolar no oeste paulista (1933-1947)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Mateus, Simone
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/255448
Resumo: A presente dissertação tem como objetivo analisar historicamente a constituição da inspeção escolar no interior do estado de São Paulo. Para tanto, buscou-se compreender os elementos de atuação do inspetor escolar no ensino paulista e refletir como a inspeção escolar contribuiu para a administração dos estabelecimentos de ensino. Investigou ainda como isso ocorreu com base em sua atuação dentro de um processo em que se buscava estabelecer a organização de um sistema de ensino. O recorte temporal entre os anos de 1933 -1947 se inicia com o Código de Educação do Estado de São Paulo de 1933, que organiza o ensino no estado de São Paulo, tendo a inspeção escolar como um dos integrantes desse modelo e finaliza em 1947, dentro de um novo processo de reorganização do ensino que marca a separação da Secretaria de Estado da Educação e Saúde Pública se tornando apenas Secretaria da Educação. A pesquisa foi realizada através de documentos que tratam de aspectos voltados à atuação da inspeção escolar em diferentes contextos que colaboraram para direcionar e registrar o trabalho do inspetor escolar como: Anuários de Ensino (de 1907-1936), Relatórios da Educação do Governo do Estado de São Paulo; Termos de Visitas da inspeção escolar e mapas de movimento das escolas isoladas, além da leitura de documentos oficiais como leis, decretos e regulamentos estabelecidos no recorte temporal da pesquisa (1933- 1947); o Código de Educação do Estado São Paulo de 1933. Por tratar-se de uma pesquisa histórica, no âmbito da Nova História Cultural cuja abordagem é bibliográfica e documental tendo como fonte para análise os termos da inspeção escolar e como referencial teórico central o historiador Roger Chartier, com os conceitos de representação e prática (1988). Como resultados evidenciamos que, mesmo com as dificuldades apresentadas em relação a atuação do inspetor dentro do espaço das escolas, ele é aquele que representa o Estado por meio de sua participação na organização do ensino, não limitando sua atuação apenas nas escolas, mas ocupando lugar dentro da organização do ensino paulista e a ampliação da ideia de inspeção para atender outras necessidades da escola como, por exemplo, a inspeção sanitária.