A gestão escolarizada do programa de alimentação escolar no estado de Góias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Valeriani, Thaís de Souza Machado
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11141/tde-24052011-130545/
Resumo: Com o intuito de atender às recomendações do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), o poder público adota modelos de gestão que julga eficiente, porém as informações sobre a eficácia e eficiência, antes e após a implementação dos mesmos são escassas, o que dificulta os estudos de avaliação. O Estado de Goiás, a partir de 1995, migrou do modelo de gestão centralizado para o modelo de gestão descentralizado, no qual o Governo do Estado de Goiás transfere para as unidades escolares os recursos financeiros bem como a responsabilidade de execução do Programa de Alimentação Escolar. Visando avaliar o modelo de gestão em questão, 51 unidades de ensino estadual de 04 Subsecretarias de Educação Regional foram avaliadas. Foram calculados a composição nutricional (carboidratos, proteínas, lipídeos, fibras, vitaminas A e C, ferro, cálcio, magnésio e zinco), o Ndpcal e o valor calórico dos cardápios oferecidos. Os índices de adesão e aceitação foram verificados. As condições operacionais referentes a recursos humanos, equipamentos, utensílios, estrutura de distribuição das refeições, custos e a presença de cantinas também foram averiguadas. Como resultados, os valores médios da composição nutricional e do valor calórico das refeições mostraram-se abaixo dos preconizados pelo PNAE. A adesão média foi de 49%, considerando o número de alunos matriculados. Já sobre os presentes, o índice subiu para 56%. A presença de cantinas, o período (matutino e vespertino) e o tipo de cardápio influenciaram na adesão ao Programa. Dos cardápios planejados, 23% não foram cumpridos e a aceitação média foi de 87%. Em 80% das escolas as preparações foram servidas em sala de aulas. Em relação aos equipamentos e utensílios, 64% e 72%, respectivamente, encontravam-se em bom estado. O número de funcionários da cozinha não é padronizado e insuficiente para atender a demanda, bem como o de nutricionistas. Um dos objetivos da implantação do modelo escolarizado no estado de Goiás foi a melhoria na qualidade, porém, de acordo com todos os resultados obtidos, a realidade do Programa das unidades de ensino ainda não condiz com às referências estabelecidas pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação.