Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Marques, Leonardo de Souza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Unesp
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/253232
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Resumo: |
A diversidade tornou-se um termo em voga nas últimas décadas, presente nas investigações acadêmicas, em projetos políticos, campanhas publicitárias, cartilhas educacionais e diversos outros debates dos campos sociais. Associado ao conflito entre indivíduos em relações desiguais de poder, seu significado também é disputado por ideologias divergentes. A crítica principal à perspectiva da diversidade refere-se ao fato da mesma ser um produto do pensamento universalista, que normaliza corpos e mantém as estruturas de poder, desmantelando as demandas históricas dos movimentos sociais. Em um cenário de produções controversas e intensas disputas de sentido, um dos principais articuladores do termo “diversidade” são as organizações e suas práticas, nesse sentido, desponta uma área de pesquisa e prática particular: a “gestão da diversidade”. Esta pesquisa tem como aspecto central a investigação da ideologia que estrutura os planos de “gestão da diversidade”, reconhecendo as organizações como elementos estruturais da sociedade moderna, que influenciam, para além das relações mercantis, em questões sócio históricas. Nesse sentido, pretendemos responder a uma pergunta: os discursos sobre “gestão da diversidade” pretendem uma nova forma de pensar as relações sociais no ambiente organizacional? Para tanto optamos por analisar a dimensão da organização comunicada de uma das consultorias mais influentes no tema em questão, a Mais Diversidade. Compreendemos que a “gestão da diversidade”, elaborada como uma forma de alcançar a justiça social, deve perpassar as imbricações entre a Comunicação, a partir de sua perspectiva relacional, e os conceitos sobre diferenças sociais, ou seja, a visão de que as demandas sociais são resultados de conflitos e que necessitam de uma renegociação política e estrutural. Para a análise proposta optamos por investigar o blog institucional da organização, uma ferramenta de produção de conteúdo. Os resultados indicam o predomínio da perspectiva da diversidade, a utilização da ideologia gerencial como estratégia de aquisição de clientes, a posição ferramental ocupada pela Comunicação e diversas rupturas discursivas com potencial de transformação social. |