Os sentidos da diversidade no Brasil polarizado: impasses e afinidades entre minorias progressistas e conservadoras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Libardi, Guilherme Barbacovi
Orientador(a): Jacks, Nilda Aparecida
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/231842
Resumo: O objetivo desta tese é compreender de que maneira o tema da diversidade repercute na produção de identidades através do processo de consumo midiático entre minorias sociais progressistas e conservadoras. Tomando a diversidade como objeto, contextualizamos suas apropriações nos âmbitos acadêmicos, midiáticos e políticos. Nos debruçamos sobre o seu conceito, discutindo, também, acerca das noções de identidade, diferença, reconhecimento e interseccionalidade. A pesquisa filia-se aos Estudos Culturais, apropriando-se do Mapa do sensorium contemporâneo de Jesús Martín-Barbero. A abordagem do estudo é qualitativa, sendo a entrevista semiestruturada a principal técnica para a coleta da empiria. Os dados foram sistematizados através dos softwares Nvivo e Iramuteq. Os resultados demonstram que minorias sociais progressistas e conservadoras identificam, na tematização midiática da diversidade, elementos semelhantes: se dão de forma impositiva e antinaturais, cuja finalidade são interesses comerciais, e reclamam mais diferenças. O modo com o qual cada segmento interpreta e aceita/rejeita/negocia com estas qualidades é o que os diferencia. Progressistas relativizam a maioria das representações em nome da visibilidade das diferenças; enquanto conservadores tendem a oporem-se enfaticamente a elas. As produções de sentido e os usos que os progressistas fazem da diversidade são mediadas pela vontade de reconhecimento, que tem na mediação barberiana da cidadania e das narrativas seu ponto de articulação. Os conservadores possuem uma estrutura interpretativa mais estanque. Suas produções de sentido são articuladas principalmente pela religião e pelo naturalismo, que ganham estatuto de relato enquanto mediação.