A natureza no discurso fotográfico da revista O Cruzeiro: paisagens e imaginários no Brasil desenvolvimentista 1954-1961

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Romanello, Jorge Luiz [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/103174
Resumo: Este trabalho tem como objeto de estudo as representações da natureza nas reportagens fotográficas da revista O Cruzeiro, entre 1954 e 1961. Integrando o conglomerado de empresas dos Diários Associados pertencente ao poderoso empresário Assis Chateubriand, durante a década de 1950, a revista O Cruzeiro foi o mais importante veículo de mídia do país. Utilizandose do fotojornalismo, uma linguagem moderna que privilegiava o movimento, baseada em uma diagramação dinâmica em que predomiva a quantidade de fotografias em relação ao texto, dispostas de forma a contar uma história, esse modelo facilitava consideravelmente sua leitura, o que permitia à revista atingir um público de mais de três milhões de leitores. A revista trouxe aos leitores brasileiros, imagens da geografia e dos costumes dos povos e terras estrangeiras e de praticamente todas as regiões brasileiras, projetando valores e anseios, alimentando com suas fotografias impressas, o imaginário da natureza. Momento de redefinição da identidade nacional e industrialização acelerada, a época estudada é caracterizada pelas mudanças nos hábitos de consumo do desenvolvimentismo, que o slogan 50 anos em 5 e a construção de Brasília sintetizam. Tratando-se de conceito complexo, Natureza configura-se numa definição que varia de cultura para cultura. A paisagem é sempre o fruto da relação do homem com meio e este trabalho dedica-se a entender as concepções de natureza que O Cruzeiro ajudou a forjar, que visões de mundo projetou através delas, os interesses políticos e econômicos envolvidos, além das estratégias utilizadas para isso.