Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Venturini, Katiani Silva [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/140275
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Resumo: |
O objetivo do estudo foi avaliar a inclusão de fontes protéicas não convencionais na alimentação de cães e gatos. Para isso foram conduzidos três experimentos. Dois estudos foram realizados avaliando a inclusão de 5% de duas apresentações de levedura de cana-de-açúcar (Levedura 1 – LEV1, Levedura 2 – LEV2) e de glúten de milho 60% (GM) em dieta para cães e gatos à base de farinha de vísceras de frango (FVF). Cada estudo foi conduzido em experimento com 24 cães e gatos distribuídos em blocos casualizados com quatro tratamentos (FVF, GM; LEV1 e LEV2) e seis repetições. Os coeficientes de digestibilidade aparente dos nutrientes (CDA), produtos de fermentação e qualidade das fezes e o balanço de nitrogênio foram determinados por coleta total de fezes e urina. A palatabilidade das rações foi avaliada pelo método de duas vasilhas. O metabolismo de ácido úrico foi avaliado medindo-se sua concentração sérica, urinária e eliminação renal diária e o metabolismo da uréia foi avaliado mensurando sua concentração urinária e eliminação renal diária. No terceiro estudo,foram realizados dois experimentos no primeiro, foram estudados dois concentrados proteicos de soja, um com granulometria reduzida (CPSgr) e outro com granulometria elevada (CPSge) sobre as características de extrusão e macroestrutura dos extrusados. Foram formuladas 8 dietas experimentais: controle, à base de farinha de vísceras de frango (FVF), dieta com inclusão de 45% de glúten de milho 60% (GM), dietas com CPSgr (CPSgr15, CPSgr30, CPSgr45), com níveis de inclusão de 15, 30 e 45% e dietas com CPSge (CPSge15, CPSge30, CPSge45) com níveis de inclusão de 15, 30 e 45%. No segundo experimento, foram selecionadas quatro dietas: FVF, GM, CPSge 45% e CPSgr 45% e assim, avaliar a digestibilidade, produção e qualidade das fezes e palatabilidade das mesmas. Dessa forma, foram utilizados 24 cães distribuídos em blocos casualizados com quatro tratamentos (dietas experimentais) e seis repetições. Os coeficientes de digestibilidade aparente dos nutrientes (CDA), produtos de fermentação e qualidade das fezes foram determinados por coleta total de fezes. A palatabilidade das rações foi avaliada pelo método de duas vasilhas. Para as analises estatísticas dois três experimentos foi feita pelo programa SAS e os teste de palatabilidade pelo software R. No experimento de leveduras com cães e gatos não foram encontradas diferença significativa entre os CDAs dos nutrientes (P>0,05). Os tratamentos não influenciaram o escore fecal, matéria seca das fezes, produção de fezes por animal e pH fecal não (P<0,05). Quando alimentados com as dietas contendo levedura,os cães apresentaram fezes com maior produção de lactato (P<0,05). Não foi observada diferença significativa no balanço de nitrogênio, no volume e pH urinário. Maior densidade urinária (P<0,05) foi obtida por animais que consumiram a dieta FVF. Além disso, o consumo da dieta FVF proporcionou aos animais maior excreção de uréia (P<0,05) e maior concentração de uréia urinária (P<0,0001). Foi observada maior aceitabilidade da dieta LEV1 pelos cães como primeira opção (P<0,05). Para taxa de consumo, os cães preferiram tanto a dieta LEV1 quanto a LEV2 (P<0,05) em relação à FVF e não apresentaram preferência à dieta GM em relação à FVF. No estudo de leveduras com gatos, os tratamentos não influenciaram de forma significativa os CDA dos nutrientes(P>0,05). Não foi observada diferença estatística para produção e qualidade das fezes (P>0,05). Os gatos que consumiram as dietas contendo levedura apresentaram fezes com maior produção de lactato (P<0,05). A inclusão de 5% dos ingredientes testados não proporcionou diferença estatística no volume, pH, densidade urinária, balanço de nitrogênio (P>0,05). Maior excreção (P<0,05) e concentração de ácido úrico (P<0,05) foram encontradas na urina produzida por gatos que consumiram a dieta FVF. No teste de palatabilidade, os gatos preferiram as dietas LEV1 e LEV2 em relação à dieta FVF (P<0,01), não apresentando preferência à dieta GM em relação à FVF. No estudo do CPS, a adição de CPSge resultou em aumento linear para todos os parâmetros de extrusão estudados (P<0,05). Já a adição do CPSgr ocasionou redução linear para temperatura (P<0,05) e aumento linear da pressão da extrusão (P<0,05). Para macroestrutura dos extrusados, foi observado redução na densidade aparente (P<0,05) e específica (P<0,05) para adição dos dois concentrados. A expansão radial, aumentou com a inclusão de ambos concentrados (P<0,05) quando comparada a dieta FVF. A inclusão de CPSge proporcionou aumento no comprimento específico (P<0,05) dos kibbles porém diminuiu com a inclusão do CPSgr. Cães que consumiram as dietas GM e CPSge apresentaram menor ingestão de matéria seca e proteína (P<0,05). Foi observado menor CDA de proteína para as dietas FVF e CPSge e maior para GM (P<0,05), com valor intermediário para CPSgr. O CDA da matéria orgânica também foi menor para CPSge em comparação com GM (P<0,05). A ingestão da dieta CPSge proporcionou aos cães produzirem fezes com menor matéria seca (P<0,05) enquanto a dieta GM proporcionou fezes com menor escore (P<0,05). Os cães apresentaram preferência alimentar pela dieta FVF em relação ao GM (P<0,05), não apresentando preferência entre FVF versus CPSge e GM versus CPSge. Para os estudos com levedura, conclui-se que as duas preparações de levedura e o glúten de milho se mostraram seguros para inclusão na dose testada. As leveduras agregaram palatabilidade ao alimento, com possível vantagem quanto ao comportamento alimentar e para o estudo com concentrado proteico de soja, pode-se concluir que a inclusão deste ingrediente proporcionou melhores extrusados. Além disso o tamanho de partículas mostrou-se um fator importante para a digestibilidade do CPS onde dietas com CPSgr apresentaram elevada digestibilidade, comparável às com GM. |