Fontes proteicas de origem vegetal sobre o processo de extrusão e a digestibilidade aparente de dietas para cães

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Peres, Francine Mendes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/157257
Resumo: O presente estudo avaliou a substituição da fonte proteica farinha de vísceras de frango (FVF) por diferentes inclusões de concentrado proteico de soja (CPS), isolado proteico de soja (IPS) e glúten de milho 60% (GM) sobre as características de extrusão, macroestrutura dos kibbles e digestibilidade dos nutrientes em alimentos para cães. Dois estudos foram realizados, o primeiro avaliou os efeitos dessas matérias primas sobre o processo de extrusão e a formatação e características dos kibbles. O segundo experimento utilizou cães para avaliar a digestibilidade de dietas contendo as fontes proteicas do estudo. O primeiro estudo seguiu delineamento inteiramente casualizado com 10 tratamentos (dietas), a dieta de controle com apenas FVF e 9 dietas teste formuladas pela substituição de 20%, 40% e 60% da proteína da dieta por CPS, IPS ou GM. O segundo estudo seguiu delineamento inteiramente casualizado com quatro dietas e seis animais por dieta, totalizando 24 cães. As dietas selecionadas para o segundo estudo foram: a dieta FVF e as dietas com os maiores teores de substituição da proteína da dieta pelas fontes de origem vegetal: CPS60%; IPS60% e GM60%. No primeiro estudo, quando diferenças foram detectadas pelo teste F da ANOVA, os efeitos dos níveis de substituição de cada ingrediente proteico foram comparados por contrastes polinomiais. No segundo estudo, quando diferenças foram detectadas na ANOVA, as comparações múltiplas das médias foram realizadas pelo teste de Tukey. Os valores de P<0,05 foram considerados significativos. Com base nos resultados observados, devido as propriedades funcionais das proteínas da soja, a inclusão crescente de CPS promoveu aumento linear do desenvolvimento de viscosidade e da transferência de energia mecânica específica (EME), que aumentou de 17.1 kW-h/ton para FVF para 24.9 kW-h/ton com 60% de substituição da proteína da dieta por CPS (P<0.001), e foi em média 30% superior quando comparado ao IPS e 40% quando comparado ao GM (P<0.001). O IPS transferiu EME à massa de forma quadrática (P<0.001), contribuindo com o processo de extrusão apenas a partir da substituição de 40% da proteína da dieta por IPS, provavelmente devido ao seu intenso tratamento industrial o que pode ter reduzido suas propriedades funcionais. A inclusão de GM não favoreceu o processo de extrusão. O CPS e ISP apresentaram elevada digestibilidade da proteína em cães e semelhantes (P<0.001) a dieta FVF, de 90.6%, 90.9% e 89.0%, respectivamente. A digestibilidade da proteína no tratamento GM demonstrou-se superior a FVF (91.8%; P<0.001). Os resultados encontrados para características das fezes indicam que o CPS ainda contém carboidratos fermentáveis que, quando comparado aos demais tratamentos, reduziram o pH fecal em 8% e aumentaram a umidade fecal em 20% (P<0.001). Em conclusão, os tratamentos contendo CPS e IPS resultaram em aumento da aplicação de EME, da gelatinização do amido e da expansão dos kibbles. As fontes proteicas vegetais CPS, IPS e GM tiveram alta digestibilidade da proteína bruta.