Serviço social e o preconceito: um debate a partir da realidade do migrante em municípios da região de Ribeirão Preto-SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Oliveira, Micaela Martinho [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/148767
Resumo: Este estudo buscou realizar um debate sobre o preconceito ao migrante no âmbito do Serviço Social a partir da percepção e prática profissional do assistente social dos municípios de Guariba-SP e Serrana-SP, nesse sentido procurou-se analisar através de entrevistas com sete assistentes sociais se o preconceito ao migrante é apreendido pelas profissionais, se ele é reproduzido pelas sujeitas de pesquisa e se seus espaços ocupacionais são utilizados para problematizar essa forma de preconceito de modo a colaborar com o seu enfrentamento. A fim de alcançarmos um olhar ampliado sobre o debate do preconceito no Serviço Social e compreendermos como é realizada a abordagem teórica sobre essa problemática foi realizada ainda a análise dos estudos que abordam o preconceito através das duas principais revistas da categoria profissional, Serviço Social & Sociedade e Temporalis, no período compreendido entre os anos de 2004 e 2014, procurando verificar se o preconceito ao migrante é presente nas publicações teóricas do Serviço Social, se é significativa a produção sobre as diversas manifestações de preconceito, se há interlocução com o Serviço Social e quais teorias iluminam as análises. Durante a construção deste trabalho, preocupamo-nos em abordar a relação do Serviço Social com o preconceito a partir do ponto de vista da totalidade por considerarmos não somente que o preconceito ao migrante é uma problemática importante de ser apropriada, mas, além disso, as diversas manifestações do preconceito que permeiam a sociedade e, por consequência, também o trabalho do assistente social. Os resultados obtidos mostram que os assistentes sociais frequentemente encontram dificuldades para compreender a dimensão do preconceito no cotidiano profissional, assim como ter alinhamento com o projeto ético-político no quesito específico de não reproduzir estereótipos ao migrante e utilizar-se de seu espaço ocupacional para o enfrentamento ao preconceito em suas diversas formas de manifestação. A análise da produção teórica, por fim, evidencia que o preconceito ao migrante não é uma temática com presença significativa no conhecimento produzido pela categoria e que, mesmo as abordagens sobre outras formas de preconceito, também aparecem em número reduzido.