Experiências educativas com professores de Matemática: imagem-formação-fissuras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Cabral, Lêda Ferreira [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/180607
Resumo: Este estudo teve como objetivo produzir movimentos de pensamento em torno da formação continuada de professores a partir de imagens, falas e narrativas de um grupo de professores de Matemática, do município de Caxias, Estado do Maranhão. A base de estudo emergiu de mobilizações com imagens ou filmagens produzidas e/ou escolhidas por eles. Além da experiência da autora como docente e formadora, o ponto de partida desta pesquisa considerou as inquietações ligadas à formação de professores, especialmente, da concepção de modelos, padrão, espaço formativo e da ideia de falta que tem constituído, em alguma medida, os discursos que estão nas cercanias dessa temática. Os achados constitutivos deste trabalho que se desdobram no formato de tese, foram produzidos com o grupo de professores convidados e mobilizados a escolher ou produzir imagens, que os remetesse a pensar sobre sua prática de sala de aula, formação e também sobre aspectos que pudessem ou não estar circunscritos ao cotidiano da escola, mas que os tocassem enquanto professores ou formadores. A partir dessa produção, os docentes foram convidados a falar sobre os motivos das escolhas de suas imagens e, ainda, das marcas que expressam em suas vidas. Em meio a esse movimento, procuramos pensar com imagens e a fala dos docentes, entre outras questões: o que podem os registros desses professores – mobilizados por imagens, declarações e recortados por sua experiência de vida – nos dar a pensar acerca da formação de professores? No limiar desse pensamento, como um dos caminhos possíveis para a investigação, nos propormos um exercício de aproximação ao pensamento de autores, como Benjamin (1993, 1995), Deleuze (2006, 2011), Deleuze; Guattari (1977, 1992, 1996, 1997), Foucault (2009, 2012), Rancière (1995, 2009, 2012), Larrosa (2002), Leite (2011, 2012), Jobim e Souza (1994), Clareto (2009, 2010), Fiorentini; Lorenzato (2006), entre outras vozes que ajudaram a mobilizar conceitos e sensações nessa tecitura acerca da formação continuada. Caminhando por entre os achados, uma diversidade de questões emergiu do currículo, da sala de aula, do conhecimento matemático, da experiência educativa de cada sujeito, sua vivência em sala e suas afetações no exercício de suas funções, seja no âmbito de suas práticas de sala de aula, assim como também do que a rodeia e, ao mesmo tempo, a transpassa e atravessa e, ao atravessar, nos transforma. Estes achados apontam que uma formação que conceba o professor como autor do processo formativo pode produzir ‘formação-menores’ ou heterotopia nos processos de formação. Em outras palavras, caminham em direção a formações que não partem de modelos e protocolos preestabelecidos, dados a priori da experiência, mas, que considera o que se faz na superfície, na experiência do acontecimento, no encontro com os sujeitos do processo formativo.