A presença do leitor na revista Capricho: uma análise dialógica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Biajoti, Maria Teresa Silva [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/141515
Resumo: A proposta desta pesquisa, embasada nos estudos bakhtinianos do discurso, é investigar enunciados verbais e não verbais da revista impressa para adolescentes Capricho a fim de refletirmos sobre as diversas vozes de leitores que o periódico traz em suas matérias, compondo uma rede de compartilhamento de opiniões, diferentemente do jornalismo convencional, em que se busca embasamento para as matérias em opiniões/posicionamentos de profissionais nos assuntos tematizados nos textos. Assim, investigamos quais os espaços de maior interação das vozes de leitores na revista e como se dá a presença dessas vozes em diferentes seções, considerando a presença de discursos que não seriam considerados de “autoridade” nos gêneros jornalísticos convencionais e refletindo sobre o modo como dialogam as diversas vozes que a revista traz. De acordo com Bakhtin e seu Círculo, o trabalho de investigação de um material linguístico concreto lida inevitavelmente com enunciados concretos relacionados a diferentes campos da atividade humana e da comunicação. Assim, o uso da língua está relacionado com as diversas esferas sociais, e em cada uma dessas esferas os gêneros se formam e se diferenciam a partir das suas finalidades discursivas, dos participantes da interação e das suas relações sociais. Na noção de gênero discursivo proposta por Bakhtin, a linguagem é um fenômeno social, histórico e ideológico. Dessa maneira, o autor define os gêneros do discurso como tipos relativamente estáveis de enunciados elaborados de acordo com as condições específicas de cada esfera de atividade humana. Portanto, essas esferas ocasionam o surgimento de tipos de enunciados, que se estabilizam de forma precária e mudam em função de modificações nessas esferas. Neste trabalho, refletimos sobre a proposta bakhtiniana de se considerarem os gêneros do discurso como espaços de estabilidade/instabilidade.