Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Guimarães, Victor Yunes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/216038
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Resumo: |
O Brasil é um dos maiores produtores de alimentos e, ao mesmo tempo, ocupa a posição de maior consumidor mundial de agrotóxicos. A utilização intensiva de pesticidas por meio da pulverização por avião, trator-dispersor ou equipamento manual, mesmo em total observância às leis estabelecidas, leva à contaminação de espécies não-alvo, incluindo populações selvagens de primatas neotropicais (PNT). O objetivo deste trabalho foi investigar aspectos da imunidade celular e as interações clínico-patológicas por meio das avaliações hematológica, bioquímica, histopatológica, toxicológica e do imunofenótipo de linhagens celulares de sangue periférico em uma população de primatas neotropicais exposta a agrotóxicos às margens do rio Teles Pires, dentro da área de influência direta da Usina Hidrelétrica de Sinop, Mato Grosso, Brasil. Noventa e seis PNT, entre nove espécies e sete gêneros (Alouatta, Ateles, Chiropotes, Plecturocebus, Mico, Aotus e Sapajus) apresentaram resultados negativos para a varredura multiresíduos do plasma (447 pesticidas e metabólitos) e quatro indivíduos entre 12 cadáveres revelaram a presença de mesotriona, fipronil e bromuconazol em fígado e musculatura esquelética (LC-MS/MS, LC-QTOF/MS). Os parâmetros hematológicos, bioquímicos e histológicos não revelaram alterações patognomônicas de intoxicação ou achados que pudessem ser diretamente associados ao quadro toxicopatológico. A definição de um protocolo de imunofenotipagem para nove espécies de primatas por meio da citometria de fluxo (FACSAria II, Accuri C6) abre caminhos para compreensão da dinâmica de modulação imune frente aos desafios antigênicos ambientais. A caracterização clínico-patológica das populações de primatas expostos a agrotóxicos na região do norte mato-grossense evidenciou uma ameaça insidiosa e amplamente desconhecida. Ainda que alguns achados não configurem forte associação causa-efeito, a exposição, a bioacumulação e a persistência de alguns pesticidas em tecidos biológicos parece incontestável. Esses resultados também podem subsidiar políticas públicas restritivas ou regulatórias quanto à pulverização de agrotóxicos, tanto local quanto nacionalmente. |